Delegado desconfia que atirador sofria de transtornos mentais

H� ind�cios relevantes de que o atirador que invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, fosse portador de transtornos mentais. A informa��o � do delegado Felipe Renato Ettore, da Divis�o de Homic�dios, que investiga o caso. O delegado explicou que busca tra�ar um perfil psicol�gico do assassino para tentar descobrir as motiva��es crime. Para isso, quer convocar %u201Ctodas as pessoas que forem importantes%u201D. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, Ettore confirmou que colheu depoimentos da irm� adotiva e de mais dois primos de Wellington de Menezes Oliveira, de 23 anos, que se suicidou no local do crime, ap�s ter disparado pelo menos 60 tiros contra as crian�as. Doze estudantes morreram.

%u201CCom os relatos que tivemos na quinta-feira, dos familiares dele e da pessoa que cortava o cabelo dele, [Wellington] era uma pessoa que tinha vi�s de doen�a mental, que era muito introvertido e se manifestava com uma certa incoer�ncia%u201D, afirmou o delegado. A hip�tese � que Wellington era esquizofr�nico, assim como sua m�e biol�gica. Por�m, como n�o � poss�vel confirmar o diagn�stico, uma vez que transtornos mentais se confirmam pelo comportamento da pessoa, as investiga��es contar�o com ajuda de m�dicos criminalistas. %u201CComo a m�e biol�gica dele, segundo os familiares, era portadora de esquizofrenia, isso tamb�m � um indicativo de que ele teria essa doen�a, que � heredit�ria%u201D, explicou Ettore. Entre os h�bitos considerados %u201Cesquisitos%u201D do assassino, o delegado citou o fato de Wellington, desde %u201Cmuito novo%u201D, usar cal�a comprida e camisa para dentro da cal�a, al�m de cortar o cabelo religiosamente a cada 30 dias em Realengo, lugar distante da casa dele. Wellington morava em Sepetiba. Ettore descartou que tenha havido motiva��o religiosa para o crime, embora na carta que Wellington deixou houvesse refer�ncias a rituais religiosos. No texto, o atirador falava de como gostaria de ser enterrado e onde, e ainda pediu que a casa em que morava fosse doada a institui��es que cuidam de animais. Ontem, ao anunciar que Wellington tinha deixado uma carta, o subprefeito da zona oeste, Edmar Teixeira, informara que o rapaz teria escrito ser portador do v�rus da aids, mas, quando o conte�do foi revelado, esse dado n�o se confirmou.