Centenas de alunos, ex-alunos, amigos e parentes de v�timas do tiroteio na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, deram um abra�o simb�lico no col�gio na tarde deste s�bado para homenagear os 12 mortos e os feridos no ataque. Durante o ato, as pessoas fizeram ora��es e mostraram cartazes pedindo seguran�a nas escolas e nas ruas da cidade.
“A dor � muito dif�cil. Vizinhos, amigos de escola e outros pais ajudam a gente a confortar nosso cora��o. Esse abra�o que est� sendo dado no col�gio ajuda muito no conforto. Mas a dor n�o acaba nunca, vai continuar eternamente”, disse.
Quatro meses depois de concluir o ensino fundamental na Escola Municipal Tasso da Silveira, a jovem Marcele Pereira, de 15 anos, voltou � porta do col�gio nesta tarde para prestar uma homenagem �s v�timas. Marcelle conta que foi surpreendida quando descobriu nessa sexta-feira que as duas irm�s g�meas v�timas do tiroteio, Brenda e Bianca Tavares, s�o suas primas.
Bianca est� entre os 12 estudantes mortos por Wellington de Oliveira. Sua irm�, Brenda, baleada nas m�os, continua internada no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), e passa bem. Marcelle, que soube do parentesco por meio de sua fam�lia, disse lamentar n�o ter conhecido Bianca.
Ela espera agora conhecer Brenda e manter la�os com a prima sobrevivente do massacre. “Quero dar todo apoio a ela e at� me desculpar por n�o estar ao lado dela no hospital. Eu queria ter conhecido elas antes. Se eu puder, vou estar com a Brenda em tudo. A irm� dela morreu, irm� g�mea. Elas deviam ter uma liga��o muito forte. Ent�o, como ela � minha prima, quero fazer tudo para ajudar”, disse.
Marcele conta que estudou durante oito anos, at� o ano passado, na Escola Municipal Tasso da Silveira e diz que nunca houve casos de viol�ncia extrema, como o massacre da �ltima quinta-feira. “O que acontecia aqui eram apenas briguinhas entre alunos”, disse.