
A Divis�o de Homic�dios (DH) do Rio est� em fase de conclus�o do inqu�rito do massacre, ocorrido na manh� da �ltima quinta-feira. Os depoimentos, a per�cia, a an�lise de imagens e o laudo de um psic�logo do Instituto de Criminal�stica Carlos �boli (ICCE) apontam que a chacina foi planejada por Wellington, que sofria de esquizofrenia.
As atividades do atirador na internet s�o investigadas pela Delegacia de Repress�o aos Crimes de Inform�tica e podem virar inqu�rito, caso fique comprovado que algu�m ajudou ou estimulou Wellington a cometer a matan�a. A investiga��o sobre a origem das armas usadas no massacre - dois rev�lveres calibres 32 e 38 - foi encaminhada para a Delegacia de Repress�o �s Armas e Explosivos (Drae).
A origem das armas
A delegacia especializada ter� como tarefa identificar um homem chamado Robson, que teria vendido as armas aos intermedi�rios - Charleston Souza de Lucena, de 38 anos, e Isa�as de Souza, de 48 anos, presos na sexta-feira passada. De acordo com as primeiras investiga��es, logo ap�s a venda das armas, Robson foi sequestrado por milicianos da zona oeste do Rio e est� desaparecido. Os dois intermedi�rios receberam R$ 30 cada um e Robson teria ficado com R$ 200 da transa��o.
Abdul e Phillip
A pol�cia encontrou alguns manuscritos de Wellington na �ltima casa em que ele morou, em Sepetiba (zona oeste do Rio). Ap�s a an�lise do material e a compara��o com depoimentos de parentes e conhecidos do assassino, os investigadores conclu�ram que os encontros narrados em uma esp�cie de di�rio do atirador s�o fantasiosos. Wellington escreve que teria encontrado homens identificados como "Abdul" e "Phillip", que o teriam recebido em um "grupo". Em outra folha, o atirador conta que brigou com "Abdul" e fala sobre supostos planos de um atentado na Mal�sia.
Os investigadores foram enf�ticos em afirmar que o di�rio do rapaz n�o ser� alvo de investiga��o, pois nada aponta que ele estaria ligado a qualquer tipo de grupo religioso ou pol�tico extremista antes do massacre.
Sem treinamento
Um suposto treinamento militar de Wellington para cometer os crimes tamb�m est� praticamente descartado. Ap�s an�lise das imagens e da forma como o assassino recarregava as armas, os peritos tamb�m descartaram que ele tenha tido li��es de tiro. Uma troca de e-mails chegou a indicar que o matador fez um levantamento de pre�o de aulas para pr�tica de tiro com um instrutor credenciado pela Pol�cia Federal. No entanto, quando o profissional exigiu documentos do atirador, o criminoso desistiu da ideia.
Em 30 dias, a Divis�o de Homic�dios deve receber um laudo do ICCE que deve apontar que o massacre foi decorrente do dist�rbio mental (esquizofrenia) sofrido pelo atirador. Para a pol�cia, os ataques (bullying) sofridos por Wellington no col�gio, relatados em depoimentos de ex-colegas e parentes, contribu�ram para que ele escolhesse a escola Tasso da Silveira como alvo da a��o.