
Um protesto que reuniu mais de 5 mil pessoas marcou nesta quinta-feira o enterro dos extrativistas Jos� Cl�udio Ribeiro da Silva e Maria do Esp�rito Santo, em Marab�, no Par�. O casal foi executado a tiros na �ltima ter�a-feira, no sudeste do estado. �s 5h, militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de outras entidades ligadas � luta na �rea rural bloquearam uma ponte sobre o Rio Itacai�nas e uma ferrovia pr�ximo � cidade de Marab�, onde o casal foi sepultado.
Durante o protesto, os manifestantes atearam fogo em pneus e peda�os de madeira. Eles s� liberaram uma estrada e a ferrovia que d�o acesso a Marab� depois da chegada da Pol�cia Militar. “Foi um ato contra o assassinato [do casal de extrativistas, cujos nomes faziam parte de uma lista de pessoas amea�adas de morte no estado]”, disse a integrante da coordena��o do MST no Par� Maria Raimunda Cezar.
“Interditamos os dois sentidos da pista e a ferrovia. N�o houve confronto. A pista s� foi liberada depois que terminou a marcha”, acrescentou Maria Raimunda. Entidades como a Via Campesina e a Federa��o dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri ) participaram da manifesta��o.
Segundo ela, durante o protesto foi rezada uma missa em mem�ria aos extrativistas. O cortejo percorreu as ruas de Marab� at� chegar a um cemit�rio. O enterro ocorreu por volta do meio-dia.
Jo�o Cl�udio e Maria do Esp�rito Santo foram mortos a tiros em uma estrada vicinal que leva ao Projeto de Assentamento Agroextrativista Praialta-Piranheira, na comunidade de Ma�aranduba 2, a 45 quil�metros do munic�pio de Nova Ipixuna, sudeste do Par�.
A Pol�cia Federal (PF) foi acionada para investigar a execu��o dos dois l�deres, ligados ao Conselho Nacional dos Seringueiros no munic�pio de Nova Ipixuna. Al�m da PF, o Minist�rio P�blico Federal tamb�m est� acompanhando o caso.