Bras�lia – Seguindo a recomenda��o da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), que declarou 2011 como o Ano Internacional das Florestas, o Brasil prepara uma s�rie de atividades para este ano. O pa�s � detentor da maior �rea de florestas tropicais do planeta e o segundo em extens�o de florestas, perdendo s� para a R�ssia, onde predominam
as florestas temperadas.
De acordo com o diretor do Departamento de Florestas do Minist�rio do Meio Ambiente, Jo�o de Deus Medeiros, as atividades de divulga��o, do Brasil, referentes ao Ano Internacional de Florestas, v�o ressaltar a import�ncia da prote��o e envolvimento do homem com as florestas.
“Quando se fala em maior �rea de florestas tropicais, isso significa e faz uma diferen�a grande em termos de biodiversidade, diferentemente de quando se fala de florestas temperadas. Porque a biodiversidade � significativamente maior do que nas florestas temperadas”, observou Medeiros.
Para o diretor, essa caracter�stica faz com que o Brasil assuma um papel de destaque no que diz respeito a uma pol�tica nacional e no sentido de chamar a aten��o para a rela��o do homem com a floresta. “A ideia � realmente aproveitar o Ano Internacional como uma forma de difundir a import�ncia da preserva��o, como algo essencial para garantir a qualidade e o desenvolvimento das comunidades humanas e integrar um pouco mais o homem com a floresta.”
Ele lembrou ainda da import�ncia da rela��o dos biomas florestais com o clima global. “No momento em que o planeta inteiro sofre n�o s� uma crise de biodiversidade, mas, agora, de forma at� mais emblem�tica e s�ria, esses efeitos das mudan�as clim�ticas e a vincula��o estreita das florestas com a regula��o do clima do planeta, essa indica��o do Ano Internacional de 2011 � importante para auxiliar neste movimento”, afirmou.
O Programa das Na��es Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) instituiu como tema do Dia Mundial do Meio Ambiente, que se comemora amanh� (5) o slogan Florestas: a Natureza a seu Servi�o. E a �ndia foi escolhida como anfitri� das comemora��es. Segundo o Pnuma, o tema “ressalta a rela��o intr�nseca entre qualidade de vida e sa�de dos ecossistemas florestais e, abrange, tamb�m, o Ano Internacional das Florestas da ONU”.
O dia 5 de junho foi recomendado como a data comemorativa do meio ambiente pela Confer�ncia das Na��es Unidas sobre Meio Ambiente, realizada em 1972, em Estocolmo, na Su�cia. No Brasil, foi implantada em 1982, como parte do calend�rio de atividades de conscientiza��o ambiental, a Semana Nacional do Meio Ambiente
No mundo, ambientalistas, cientistas, pesquisadores e a sociedade civil fazem mobiliza��es, realizam paradas, concertos, campanhas, divulgam estudos com o objetivo de chamar a aten��o de seus governantes sobre os problemas causados pelo aquecimento do planeta e as necessidades de implanta��o de pol�ticas p�blicas com o objetivo de preservar o meio ambiente. Com o tempo, surgiu a necessidade de ampliar as celebra��es com a cria��o da Semana Mundial do Meio Ambiente.
Os cientistas destacam a import�ncia da realiza��o de estudos sobre a interfer�ncia do homem na natureza e suas influ�ncias para o planeta Terra. Segundo o coordenador-geral das Unidades de Pesquisa do Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia, Carlos Oit� Berbert, a situa��o do planeta tende a se agravar com o aumento da popula��o, que deve chegar a 11,2 bilh�es de habitantes at� o final do s�culo.
“As novas tecnologias que t�m surgido rapidamente t�m ajudado a entender, primeiro, o planeta Terra. Em segundo lugar, a entender os fen�menos que acontecem na Terra. H� quest�o de 50 anos, n�o era poss�vel, por exemplo, se prever uma erup��o vulc�nica. Hoje, j� conseguimos prever com seguran�a. Ainda n�o se pode prever um terremoto, mas a ci�ncia est� desenvolvendo uma metodologia que, um dia, vai permitir a previs�o de terremotos”, observa.
Berbert afirma que manter um ambiente com qualidade e saud�vel � dever de todos: governantes, empres�rios, pesquisadores, cientistas e cidad�os. “A ci�ncia est� ajudando na resolu��o de problemas, como deslizamentos de encostas e no planejamento territorial urbano. Est� resolvendo problemas, tamb�m, de despolui��o de �guas superficiais e vai desenvolver solu��es para despolui��o eventual da �gua subterr�nea, que vai ser uma das principais, sen�o a principal, fonte de abastecimento humano no futuro”.