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Estado de Minas

ONG diz que ginecologistas negligenciam l�sbicas no Rio

Em entrevista para pesquisa, mulheres relataram que depois de revelada sua orienta��o sexual os m�dicos n�o pediram exames


postado em 10/09/2011 15:55

L�sbicas no Rio denunciam que m�dicos deixam de solicitar, durante consultas ginecol�gicas, o exame que pode ajudar a prevenir o c�ncer de colo de �tero porque elas n�o mant�m rela��es sexuais com homens. A organiza��o n�o governamental (ONG) Grupo Arco-�ris informou que constatou o problema na rede de sa�de p�blica e privada da capital fluminense. Na pesquisa qualitativa Atendimento Ginecol�gico Diante de Pr�ticas L�sbicas e Bissexuais, todas as 20 mulheres entrevistadas em 2010 relataram que depois de revelada sua orienta��o sexual os m�dicos n�o pediram o exame.

"Os profissionais n�o reconhecem vida sexual entre duas mulheres", afirmou a coordenadora da pesquisa e uma das diretora da Arco-�ris, Marcelle Esteves. "� assustador porque s� se pode fazer a preven��o do v�rus de HPV - sexualmente transmiss�vel - a partir do exame ", destacou a diretora, lembrando que mesmo sem se relacionar com homens, as l�sbicas fazem sexo.

O levantamento constatou tamb�m que entre as l�sbicas, as que t�m identidade mais masculinizada s�o menos submetidas ao preventivo que as demais. "Eles [os m�dicos] n�o pedem [o exame] e n�o sabem nos aconselhar sobre o risco de transmiss�o de DST [doen�as sexualmente transmiss�veis], como o HPV. � sempre a mesma coisa", reclamou a estudante Fabiana Ormonde.

Diante do problema, o F�rum de Mulheres L�sbicas e Bissexuais do Estado do Rio quer que o foco das campanhas sobre DST e aids n�o seja apenas os travestis e homossexuais. Para as ativistas, � preciso divulgar mais informa��o sobre a transmiss�o de DST entre mulheres que fazem sexo com mulheres e aprofundar projetos de sensibiliza��o com as secretarias de Sa�de.

O f�rum tamb�m defende a distribui��o de preservativos espec�ficos para sexo entre mulheres, mas que ainda n�o s�o produzidos em escala no Brasil. "Em uma f�brica de S�o Jos� de Campos (SP) desenvolvemos com dinheiro de uma funda��o internacional um prot�tipo com base em modelos dos Estados Unidos e da Mal�sia. Vem sendo aprovado", disse Marcelle.

Com a capacita��o de servidores em cl�nicas de Sa�de da Fam�lia, a Coordenadoria da Diversidade Sexual da capital fluminense disse que precisa primeiro assegurar o atendimento � popula��o de gays, l�sbicas e travestis (LGBT) nos postos de sa�de. "Nesse primeiro momento, n�o pensamos nisso por uma quest�o de atribui��es", disse o coordenador do programa, S�rgio Camargo.

A Secretaria Municipal de Sa�de reafirma que n�o existe motivo para os m�dicos n�o pedirem o preventivo �s l�sbicas. Gisele Israel, da Ger�ncia do Programa de Aids, atribui o problema ao preconceito e ao desconhecimento. "Como os profissionais n�o passam por uma proposta de qualifica��o com um olhar para o diferente, os servi�os se constituem sem um olhar apurado".

O superientende de Vigil�ncia Ambiental e Epidemiol�gica da Secretaria estadual de Sa�de, Alexandre Chieppe, confirma que mesmo com capacita��o n�o � f�cil mudar a rotina do atendimento. "Capacitamos os gestores municipais, a quest�o das l�sbicas est� inserida nos programas de sa�de da mulher, mas precisamos romper paradigmas".

Segundo os gestores ouvidos pela Ag�ncia Brasil, a produ��o de preservativos para o sexo entre mulheres ainda � invi�vel porque o produto n�o tem as certifica��es necess�rias.


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