O m�dico Roosevelt S� Kalume, denunciante do caso de supostas retiradas de �rg�os de pacientes vivos no antigo Hospital Santa Isabel, localizado em Taubat� (SP), em 1986, prestou depoimento perante o juiz do Tribunal do J�ri, Marco Antonio Montemor, nesta segunda-feira no primeiro dia do julgamento do processo que ficou conhecido como "caso Kalume". Ele � o principal denunciante do caso.
Seu depoimento teve in�cio �s 14h45 e durou cerca de duas horas, transformando-se ao final num debate sobre o conceito de morte encef�lica. "Dentro da minha concep��o eu n�o vi morte encef�lica em nenhum dos casos apresentados. Se eu morrer, s� quero ser enterrado quando meu cora��o parar", disse o m�dico, que na �poca era diretor do departamento de medicina da Universidade de Taubat�.
Kalume disse que os �rg�os que eram retirados dos pacientes eram levados para S�o Paulo pela Pol�cia Rodovi�ria Federal, conforme lhe foi informado pelo m�dico Ant�nio Aur�lio de Carvalho Monteiro, que faleceu em maio deste ano. Ele e os demais m�dicos Pedro Henrique Torrecillas e Rui Noronha Sacramento, com a participa��o do m�dico Mariano Fiore J�nior, figuram como r�us no processo. Todos eles sustentam que s�o inocentes e que a den�ncia � mentirosa.
A enfermeira Rita Maria Pereira, cujo depoimento antecedeu o de Kalume, confirmou ter presenciado a retirada dos rins do paciente Jos� Carneiro, que foram colocados numa caixa. Segundo ela, logo depois desse procedimento, o m�dico Pedro Henrique Torrecillas teria usado um bisturi para cortar o peito de Carneiro, quando o paciente se debatia na tentativa de levantar da maca.
"O doutor Torrecillas pegou um bisturi e enfiou no peito do paciente e disse: 'Viu? � assim que se faz", afirmou a enfermeira. Carneiro teria parado de se bater e a enfermeira aconselhada por outro m�dico a n�o comentar com ningu�m os fatos que havia presenciado. Outras cinco testemunhas de acusa��o foram ouvidas at� �s 18h20 de hoje, quando a previs�o de interrup��o do julgamento - que deve durar entre tr�s e quatro dias - era para as 19 horas, hor�rio que, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Justi�a, deveria se estender um pouco mais.
Uma das depoentes, a m�dica Gilz�lia Fernandes Batista, que na �poca do caso Kalume era respons�vel pelo departamento que armazenava os prontu�rios do hospital onde faleceram as pessoas citadas no processo, disse que n�o houve sumi�o de documentos. Ela foi a primeira a ser ouvida. "Tamb�m n�o tenho conhecimento de altera��es nos prontu�rios", disse. Ela explicou que, por causa da repercuss�o do caso, guardou os prontu�rios em um cofre de materiais radioativos, no subsolo do hospital, onde funcionava o servi�o de radioterapia.
Seu depoimento teve in�cio �s 14h45 e durou cerca de duas horas, transformando-se ao final num debate sobre o conceito de morte encef�lica. "Dentro da minha concep��o eu n�o vi morte encef�lica em nenhum dos casos apresentados. Se eu morrer, s� quero ser enterrado quando meu cora��o parar", disse o m�dico, que na �poca era diretor do departamento de medicina da Universidade de Taubat�.
Kalume disse que os �rg�os que eram retirados dos pacientes eram levados para S�o Paulo pela Pol�cia Rodovi�ria Federal, conforme lhe foi informado pelo m�dico Ant�nio Aur�lio de Carvalho Monteiro, que faleceu em maio deste ano. Ele e os demais m�dicos Pedro Henrique Torrecillas e Rui Noronha Sacramento, com a participa��o do m�dico Mariano Fiore J�nior, figuram como r�us no processo. Todos eles sustentam que s�o inocentes e que a den�ncia � mentirosa.
A enfermeira Rita Maria Pereira, cujo depoimento antecedeu o de Kalume, confirmou ter presenciado a retirada dos rins do paciente Jos� Carneiro, que foram colocados numa caixa. Segundo ela, logo depois desse procedimento, o m�dico Pedro Henrique Torrecillas teria usado um bisturi para cortar o peito de Carneiro, quando o paciente se debatia na tentativa de levantar da maca.
"O doutor Torrecillas pegou um bisturi e enfiou no peito do paciente e disse: 'Viu? � assim que se faz", afirmou a enfermeira. Carneiro teria parado de se bater e a enfermeira aconselhada por outro m�dico a n�o comentar com ningu�m os fatos que havia presenciado. Outras cinco testemunhas de acusa��o foram ouvidas at� �s 18h20 de hoje, quando a previs�o de interrup��o do julgamento - que deve durar entre tr�s e quatro dias - era para as 19 horas, hor�rio que, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Justi�a, deveria se estender um pouco mais.
Uma das depoentes, a m�dica Gilz�lia Fernandes Batista, que na �poca do caso Kalume era respons�vel pelo departamento que armazenava os prontu�rios do hospital onde faleceram as pessoas citadas no processo, disse que n�o houve sumi�o de documentos. Ela foi a primeira a ser ouvida. "Tamb�m n�o tenho conhecimento de altera��es nos prontu�rios", disse. Ela explicou que, por causa da repercuss�o do caso, guardou os prontu�rios em um cofre de materiais radioativos, no subsolo do hospital, onde funcionava o servi�o de radioterapia.