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Estado de Minas

Estudantes ocupam pr�dio da USP em protesto, mas colegas discordam da a��o


postado em 28/10/2011 16:51 / atualizado em 28/10/2011 19:32

Enquanto um grupo de estudantes mant�m ocupado o pr�dio da administra��o da Faculdade de Filosofia, Letras e Ci�ncias Humanas da Universidade de S�o Paulo (USP) para protestar contra a presen�a da Pol�cia Militar (PM) no campus, alunos de outros cursos manifestam descontentamento com a a��o dos colegas e se dizem favor�veis ao policiamento na Cidade Universit�ria, na zona oeste da capital paulista.

O pr�dio est� ocupado desde ontem (27) � noite, depois que os alunos entraram em confronto com a pol�cia, que prendeu tr�s alunos flagrados com entorpecentes no campus. Os universit�rios permanecem dentro do pr�dio e fazem pequenas apari��es, sempre com o rosto coberto.

Foi o primeiro conflito depois que a reitoria deu permiss�o � PM para cuidar da seguran�a no campus. O conv�nio entre a PM e a reitoria foi assinado h� 50 dias, ap�s meses de negocia��o. Em maio deste ano, o estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, foi assassinado durante um roubo na �rea do campus.

Ao falar sobre a abordagem da pol�cia aos estudantes na noite de ontem, o aluno da Escola Polit�cnica Leandro Salv�tico disse que n�o foi a primeira vez que a PM reprimiu universit�rios no campus. Membro da comiss�o de comunica��o dos manifestantes, Leandro destacou disse que a repress�o foi enfatizada quando a reitoria fez o conv�nio com a PM. “Os policiais t�m abordado indiscriminadamente estudantes e trabalhadores”, diz nota do grupo de manifestantes lida por Leandro.

Uma das alunas, que n�o quis se identificar, disse, por�m, que a pol�cia tem contribu�do para aumentar a seguran�a e que toda a comunidade universit�ria est� se sentido mais protegida. “Eles [policiais] est�o agindo de forma pac�fica, monitorando e deixando a comunidade muito mais tranquila." A universit�ria contou que, antes do conv�nio da reitoria com a pol�cia, passou por situa��es dif�ceis no campus, das quais conseguiu fugir sem passar por maiores problemas.

Perguntada sobre o uso de drogas no interior da Cidade Universit�ria, a aluna disse que nunca viu. “Nem estou de olho nisso, estou aqui para estudar, assim como todos deveriam estar. Cada um faz o que quer, s� que, por causa disso, tirar nossa seguran�a � infundado”, ressaltou.

De acordo com um estudante da Polit�cnica, que tamb�m n�o quis dizer o nome, uma consulta feita no curso mostrou que 60% dos alunos s�o favor�veis � presen�a da Pol�cia Militar. Segundo ele, isso ocorreu tamb�m em outras faculdades.

“J� o Diret�rio Central dos Estudantes [DCE], que � ligado a partidos da extrema esquerda, e o Sintusp [Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de S�o Paulo] s�o contra a pol�cia aqui. S� que eles n�o consultam os outros alunos. � um absurdo vermos pessoas que, por pura afinidade partid�ria, defendem esses interesses. J� ouvi gente dizendo que n�o quer a pol�cia aqui porque quer ter o direito de fumar maconha”, disse.

Um ex-aluno da Faculdade de Filosofia, Letras e Ci�ncias Humanas, que n�o quis se identificar, disse que conhece boa parte dos envolvidos no conflito e na ocupa��o e considera lament�vel a atitude deles. “Aquilo n�o representa a opini�o da maioria dos estudantes da USP, nem mesmo da faculdade. A maioria � contra essa atitude e considera essas pessoas parte de um setor radical da universidade, que n�o representa ningu�m, a n�o ser a si mesmo. Eles ignoram o di�logo com os outros estudantes e agridem as pessoas que discordam de suas opini�es.”

De acordo com Leandro Salv�tico, os universit�rios pretendem manter a ocupa��o at� que o conv�nio com a PM seja revogado e que seja proibida a entrada dos policiais em qualquer circunst�ncia, al�m da garantia de autonomia nos espa�os estudantis. “Continuaremos aqui at� que se retirem todos os processos criminais e administrativos contra os estudantes, professores e funcion�rios.”

Salv�tico estimou em 500 o n�mero de estudantes que protestaram ontem, mas n�o quis dizer quantos estavam confinados no pr�dio da administra��o, alegando que, para prestar informa��es, al�m da leitura do texto escrito pelo grupo, teria que consultar os colegas.


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