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Estado de Minas

Vi�va de cinegrafista atende pedido do marido e n�o permite imagens no vel�rio

O delegado da Divis�o de Homic�dios, disse que a bala de fuzil que atingiu o cinegrafista atravessou o corpo e o colete � prova de balas que ele usava e n�o foi encontrada;


postado em 08/11/2011 08:42 / atualizado em 08/11/2011 08:50

Centenas de pessoas acompanharam nessa segunda-feira o enterro do cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos, �s 14h, no Memorial do Carmo, no Caju, Zona Norte do Rio. Ele foi morto no domingo, durante uma opera��o policial na Favela de Antares, Zona Oeste carioca. A esposa do cinegrafista, Edilene Domingos, pediu aos rep�rteres que n�o fizessem imagens do corpo do marido. “� um pedido dele. Ele queria fazer a not�cia e nunca virar uma, sempre preferiu ficar atr�s das c�meras”, revelou. O irm�o, Paulo Domingos, disse que o cinegrafista morreu fazendo o que mais gostava. “Tenho muito orgulho do trabalho de Gelson. Lamento ele ser mais uma v�tima da viol�ncia no Rio”, afirmou. Ele foi atingido por um tiro de fuzil, mesmo usando um colete � prova de balas.

Nessa segunda-feira, a Pol�cia Civil prendeu outros dois suspeitos de participa��o no tiroteio: M�rcio dos Santos Cruz, o Longa, de 23 anos; e Clayton da Silva Ign�cio, de 20, que carregavam 400 papelotes de coca�na e uma pistola .40. Nove pessoas que haviam sido detidas no dia do crime foram apresentadas na parte da manh� pela Divis�o de Homic�dios (DH) da Policia Civil: Renato Jos� Soares, o BBC, de 39 anos, gerente da venda de drogas na comunidade, j� condenado por tr�fico; Leandro Ferreira de Ara�jo, o China, de 30 anos, bra�o direito de BBC, com passagens por porte de armas e drogas; Rodrigo Feliciano Raimundo, de 24 anos, com acusa��es por porte de armas, roubo e falsidade ideol�gica; e Andr� Cassiano Carneiro dos Santos, de 22 anos, com passagem por tr�fico de drogas. Tamb�m foram presos Vinicius William da Silva Lopes , de 20 anos; Victor dos Santos Pires, de 19; Tiago da Silva Leite, de 22; Jeferson da Silva Ferreira, 20; e o menor de idade P.F.C., de 15 anos, todos sem antecedentes criminais.

Confira as imagens feitas por Gelson no momento em que ele � atingido.



Com eles foram encontrados um fuzil AR-15, tr�s pistolas, quatro carregadores de fuzil e tr�s de pistola, cinco r�diotransmissores, al�m de um quilo de maconha e mais 1,5 mil trouxinhas da droga, 2 mil papelotes de coca�na e cem pedras de crack. A pol�cia ainda aprendeu R$ 3,1 mil em dinheiro, 10 motocicletas e um celular.

Outras quatro pessoas foram mortas durante os confrontos: Tafarel Sim�es da Silva, de 20 anos, que j� tinha passagem pela pol�cia por tr�fico de drogas; Maxsuam Gomes da Rocha, de 20 anos, acusado por porte de armas, tr�fico e furto; e Ant�nio Carlos Ferreira Neto, de 18 anos, que respondeu por tentativa de homic�dio quando menor de idade, al�m de Jorge Ricardo dos Santos, 22 anos, sem antecedentes.

O delegado da DH, Felipe Ettore, disse que a bala de fuzil que atingiu o cinegrafista atravessou o corpo dele e n�o foi encontrada. O policial n�o descarta a possibilidade de que o autor do disparo possa estar entre os mortos ou entre os presos. Para o delegado, as imagens cedidas pela TV Bandeirantes, feitas pelo cinegrafista, podem ajudar a identificar o assassino. Os v�deos gravados foram encaminhados ao Instituto de Criminal�stica Carlos �boli (ICCE). “Todo o armamento, todo o material que foi recolhido ser� analisado juntamente com as imagens da TV Bandeirantes”, disse.

Policiamento refor�ado A Pol�cia Militar refor�ou o patrulhamento no local. A favela est� ocupada por homens do Batalh�o de Opera��es Especiais (Bope), do Batalh�o de Choque e do 2º Comando de Policiamento de �rea (2º CPA). No entanto, na manh� de ontem o clima era tenso na comunidade. Segundo PMs de plant�o no Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) da regi�o, dois dos quatro suspeitos mortos no domingo estavam sendo velados no aglomerado.

A TV Bandeirantes, por meio de nota, rebateu o Sindicato dos Jornalistas do Rio, que acusou a emissora de n�o dar seguran�a aos funcion�rios. Conforme a empresa, os cinegrafistas participam de curso sobre posicionamento em �reas de risco. Al�m disso, � oferecido seguro de vida diferenciado a quem atua em locais perigosos.

A organiza��o Rep�rteres sem Fronteiras tamb�m criticou duramente a forma de trabalho da pol�cia brasileira, ressaltando que as opera��es midi�ticas, “cada vez mais frequentes � medida que se aproximam a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Ol�mpicos de 2016, acabam criando riscos para os jornalistas enviados �s favelas”.

* Com Ag�ncias


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