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Estado de Minas

Greve deixa regi�es do DF sem luz por at� 50 horas


postado em 12/11/2011 09:24

Os brasilienses que enfrentam problemas e amargam preju�zos com as constantes faltas de energia el�trica no Distrito Federal passaram a viver um drama ainda maior com a greve dos trabalhadores da Companhia Energ�tica de Bras�lia (CEB), que come�ou no �ltimo dia 3. Diante do impasse entre trabalhadores e a estatal, os mais afetados s�o os consumidores que, em alguns casos, ficaram sem luz por at� 50 horas durante a �ltima semana. Em assembleia realizada ontem, a categoria decidiu permanecer de bra�os cruzados.

O Correio visitou tr�s regi�es administrativas — a Asa Sul, o Lago Sul e o Riacho Fundo — e em todas as localidades os moradores demonstraram indigna��o com o descaso da CEB para resolver os casos de falta de luz. No Condom�nio do Lago Sul, localizado na QI 31, al�m da interrup��o no fornecimento de energia por mais de dois dias, as 108 casas tamb�m ficaram sem �gua. Isso ocorreu porque os recursos h�dricos do local s�o coletados de po�os artesianos com bombas de suc��o. Sem eletricidade, um dos tr�s reservat�rios, com capacidade para armazenar at� 80 mil litros, secou.

Segundo a s�ndica do condom�nio, Terezinha Josefina Segabinazzi de Freitas, mais de 60 liga��es foram feitas para a CEB e pelo menos 25 protocolos foram gerados. Apesar da press�o feita pelos moradores, a falta de fornecimento de eletricidade, que come�ou na �ltima ter�a-feira, s� foi resolvida na quinta. “O t�cnico da companhia disse que um fus�vel queimado na rede de alta tens�o gerou o problema. Todo o condom�nio ficou sem �gua para as pessoas cozinharem ou tomarem banho. At� entendo os grevistas, mas a dire��o da companhia precisa contratar outros prestadores de servi�os”, completou.

Em um escrit�rio de advocacia, localizado no Setor de Administra��o Federal Sul (SAFS), que fica atr�s dos anexos dos minist�rios, um gerador de energia precisou ser alugado para n�o prejudicar os trabalhos. Segundo o gerente administrativo da empresa, �ngelo Almeida de Carvalho, a falta de energia durou 33 horas — come�ou na quarta-feira, �s 8h10, e s� acabou na quinta, �s 17h30. “Gastamos R$ 5,6 mil para contratar esse gerador. Temos um contrato com a CEB e estamos estudando como ser ressarcidos”, ressaltou.

No Riacho Fundo, os moradores tamb�m enfrentaram apag�es durante a semana. A servidora p�blica Michele de Oliveira, 31 anos, que reside na QN 7, diz que ficou sem energia na quarta e na quinta-feira, por 26 horas. “O meu port�o eletr�nico parou de funcionar. � um transtorno muito grande. Agora, vou ter de tirar dinheiro do bolso para arcar com esse preju�zo”, disse. Segundo ela, o t�cnico chamado para consertar o port�o disse que o problema foi ocasionado pelo blecaute. Ela tamb�m solicitou ajuda da CEB e recebeu como resposta que os profissionais estavam em greve e nada poderia ser feito.

Pend�ncia
A CEB estima que mais de mil solicita��es dos consumidores est�o pendentes devido � paralisa��o. Um funcion�rio da empresa, que preferiu n�o se identificar, diz que at� mesmo quando as falhas s�o graves, as equipes levam de 6 a 8 horas para chegar ao local. Os grevistas estariam impedindo a entrada de pessoas na empresa. A assessoria da companhia informa que o atendimento priorit�rio � voltado para situa��es que envolvem postes ca�dos, cabos partidos e transformadores queimados. J� o Sindicato dos Urbanit�rios garante que est�o sendo priorizados a �rea do aeroporto, o Corpo de Bombeiros e os hospitais.

Tentativa de acordo
H� chance de todo o transtorno ter fim na pr�xima segunda-feira, �s 17h30, quando representantes da empresa e do sindicato se reunir�o diante de um juiz do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O pedido foi feito pela empresa, que considera o movimento grevista como irregular. Ap�s a assembleia de ontem, Geov� Pereira, diretor do Sindicato dos Urbanit�rios no DF (Stiu), que representa a categoria, disse que a proposta da CEB n�o apresentava nenhuma melhoria al�m de um aumento de R$ 2 mil no abono salarial, que continua sendo insatisfat�rio diante do que desejam os trabalhadores. “Por mim, pelo sindicato, a gente j� tinha aceitado. Mas ningu�m quis, n�s fomos derrotados. Foi isso que aconteceu. A gente acha que do jeito que est�, essa oferta n�o vai melhorar”, esbraveja.

� preciso reclamar
Os preju�zos causados pela queda de energia ou pela forte oscila��o da rede quando a fase � restabelecida s�o in�meros. A perda de alimentos ou a queima de itens eletr�nicos s�o os problemas mais comuns. Para enfrentar este tipo de situa��o e rever o dinheiro investido, Tatiana Viola de Queiroz, advogada da Associa��o Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) d� algumas dicas. “Em primeiro lugar, o consumidor deve procurar a empresa e formalizar a reclama��o, pedindo ressarcimento em um prazo de at� 90 dias a contar da ocorr�ncia do dano”, diz.

Esta solicita��o de reembolso pode ser feita por telefone, nos postos de atendimento da CEB ou pela internet. “� preciso informar a data e o hor�rio prov�veis da ocorr�ncia do dano; dizer quem � o titular da resid�ncia; relatar o problema e descrever as caracter�sticas gerais do equipamento, como marca e modelo”, completa a advogada. O prazo para a distribuidora verificar a autenticidade dos fatos e a gravidade da queixa � de 10 dias, contados ap�s a solicita��o.

Se o produto afetado for essencial, como geladeiras e freezers, seja para o armazenamento de alimentos ou de medicamentos, a vistoria deve ser feita em um dia. “Tamb�m � poss�vel pedir o ressarcimento desses produtos estragados”, ressalta Tatiana Queiroz. A distribuidora pode solicitar do consumidor laudos e or�amentos, sem que isso represente compromisso em ressarcir. E deve informar o resultado da solicita��o, por escrito, em at� 15 dias. “O ressarcimento do aparelho ou a troca deve ser feita em at� 20 dias, mas, caso o problema n�o seja resolvido, o consumidor deve recorrer aos �rg�os de defesa do consumidor”, acrescenta.


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