Lugares que mostram a hist�ria, a cultura e a influ�ncia da popula��o negra na cidade de S�o Paulo j� podem ser conhecidos por qualquer paulistano ou turista. Basta percorrer a rec�m criada Rota Tur�stica Afro-brasileira Luiz Gama.
O roteiro passa pelos chamados territ�rios negros da cidade dos s�culos 18 e 19. S�o �reas que eram ocupadas pelos negros que ali trabalhavam como carregadores, serventes e quitandeiros. A maioria desses 18 pontos tur�sticos fica no centro expandido. Eles foram escolhidos a partir de visitas aos locais e de estudo com documentos, livros, jornais e revistas.
Regi�es mais distantes, como a zona sul, tamb�m foram mapeadas. Consta na nova rota, por exemplo, o Samba da Vela, em Santo Amaro, o terreiro de Candombl� Il� Al�k�tu As� Ibualamo, no Graja�, e o centro de cultura As� Yl� do Hozooane, em Parelheiros.
A Rota Afro foi lan�ada neste m�s por causa do Dia da Consci�ncia Negra, comemorado amanh�. O nome � uma homenagem ao escritor, advogado e jornalista abolicionista Luiz Gama, que nasceu em Salvador, mas trabalhou e conseguiu a pr�pria liberdade e a de outros escravos em S�o Paulo.
O percurso b�sico come�a no Largo do Arouche - onde h� um busto de Luiz Gama -, segue para o Largo do Pai�andu - endere�o da Igreja Nossa Senhora do Ros�rio e da est�tua da M�e Preta (homenagem �s escravas que educavam crian�as na era colonial) -, continua pelo Parque do Ibirapuera - por causa do Museu Afro-Brasil - e vai at� o S�tio da Ressaca, que faz parte do Museu da Cidade de S�o Paulo e onde est� sendo instalada biblioteca tem�tica voltada � cultura negra.
“A popula��o negra � invis�vel em S�o Paulo. Trazer esses pontos e �cones � tona � uma forma de mostrar aos paulistanos uma cultura que ajudou a formar a cidade e bairros como Vila Madalena e Bexiga”, diz a coordenadora da Coordenadoria do Negro (Cone), Maria Aparecida de Laia.