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Estado de Minas

Caminhada no Ibirapuera pede puni��o mais severa para motoristas que dirigirem embriagados


postado em 20/11/2011 21:01

Uma caminhada nesse domingo de manh�, no Parque Ibirapuera, lembrou as v�timas de acidentes de tr�nsito em todo o pa�s. Al�m de chamar a aten��o para a necessidade de medidas capazes de prevenir acidentes de tr�nsito, os participantes da caminhada promovida pelo movimento Uni�o em Defesa das V�timas de Viol�ncia (UDW) come�aram a recolher assinaturas para uma proposta a ser enviada ao Congresso Nacional, pedindo puni��o mais severa para os motoristas que dirigirem embriagados.

Em 45 dias, o movimento conseguiu recolher quase 200 mil assinaturas e espera atingir a marca de 1,3 milh�o. Um dos organizadores do ato foi Rafael Baltresca, palestrante comportamental, que perdeu a m�e e a irm� em um acidente de tr�nsito em setembro deste ano. Ambas sa�am de um shopping na zona oeste da capital quando um motorista embriagado perdeu a dire��o, invadiu a cal�ada onde elas se encontravam e atropelou as duas.

“Elas estavam saindo do Shopping Villa-Lobos. Tinham ido comprar um livro. Estavam na cal�ada do shopping, voltando para o carro e, na cal�ada, um rapaz veio a 130 quil�metros por hora, completamente embriagado, e acertou em cheio minha m�e e minha irm�, que foram prensadas no muro e morreram imediatamente”, disse Baltresca. Segundo ele, o motorista est� solto, “sem pagar fian�a”.

“S� existem duas formas de mudar um comportamento: pela conscientiza��o ou pela puni��o. A conscientiza��o vai acontecer, mas ela � muito lenta, demorada. E eu n�o posso fechar os olhos para o que vejo no dia a dia”, afirmou Baltresca.

A inten��o � repetir o que foi feito na campanha pelo uso de cinto de seguran�a. “Hoje todo mundo usa o cinto, n�o por estarem todos conscientizados, mas porque � lei e obrigat�rio. Precisamos fazer a mesma coisa com a bebida, com uma lei mais r�gida, e esperando que daqui a 50 anos as pessoas se conscientizem.”

Baltresca acrescentou que a proposta visa a mudar a forma de verificar se o motorista est� b�bado. “Isso seria feito por meio de um exame cl�nico. Uma pessoa que tem f� p�blica, como um legista ou um policial, poder� atestar se a pessoa estava embriagada, seja no local do acidente ou no Instituto M�dico Legal”, explicou.

O jornalista Ricardo Viveiros, que participou da caminhada, tamb�m defende puni��o mais r�gida para tais casos. Em 1996, num acidente de tr�nsito, Viveiros perdeu o filho, que era cartunista, e uma neta. “Eles [o filho, a esposa e dois netos] estavam voltando para de um shopping. Um sujeito, descendo a Rua S�o Caetano [centro da capital], � noite, garoando, alcoolizado, avan�ou o farol, bateu no carro do meu filho e o jogou numa farm�cia da esquina, onde ele bateu a cabe�a num trilho de trem, que ficava na cal�ada em frente”, contou Viveiros, chorando. Ao lado, estava o neto, um dos sobreviventes do acidente.

De acordo com Viveiros, o motorista fugiu e s� recentemente, 15 anos ap�s o acidente, foi encontrado e passou a responder pelo crime. “[Na �poca], fiz o boletim de ocorr�ncia correto, com testemunhas, e nunca deixei o crime prescrever. Em 15 anos, a lei mudou v�rias vezes, mas n�o deixamos que prescrevesse." Muito tempo depois, conta o jornalista, "o criminoso baixou a guarda, fez um credi�rio e foi pego. Levado � Justi�a, foi julgado e condenado a um ano e nove meses, mas responde em liberdade por ser r�u prim�rio”.

Viveiros defende mais investimento em educa��o, refor�o na fiscaliza��o e aumento da puni��o para esse tipo de crime como formas de evitar novos acidentes de tr�nsito.

Baltresca diz que h� dois pontos b�sicos na proposta que ser� encaminhada ao Congresso: o primeiro � retirar a obrigatoriedade do uso do baf�metro. “Como a pessoa hoje pode se recusar a fazer o baf�metro e o exame de sangue, n�o h� como comprovar que estava embriagada. E essa � a grande brecha. O que pedimos � que isso seja substitu�do por um exame cl�nico”, disse.

O outro ponto � o aumento da puni��o para quem for pego dirigindo embriagado. “Hoje a pessoa que comete homic�dio culposo, ou seja, sem inten��o de matar, vai pegar no m�ximo quatro anos de cadeia. No Brasil, com at� quatro anos [de pris�o], ela paga uma pena alternativa. Queremos que essa pena seja alterada para cinco a oito anos, ou seja, que se agrave pelo fato de ela estar embriagada”, disse.

A proposta que pede puni��o mais severa para motoristas embriagados pode ser encontrada pelo endere�o www.naofoiacidente.org.


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