Trinta e quatro milh�es de pessoas eram portadoras do v�rus HIV, o v�rus da Aids, em 2010, um n�mero recorde atribu�do em grande medida � generaliza��o de tratamentos que prolongam a vida dos soropositivos e estimulam a esperan�a de erradicar a pandemia, anunciou a UNAIDS, �rg�o das Na��es Unidas, nesta segunda-feira.
O relat�rio destaca a resposta completa e antecipada do Brasil ante a epidemia, que garantiu o "acesso aos servi�os de preven��o e tratamento do HIV para as pessoas mais vulner�veis e marginalizadas".
"N�s nos encontramos na antessala de um importante marco na resposta � Aids", afirmou o diretor executivo do �rg�o, Michel Sidibe. "H� apenas alguns anos, parecia imposs�vel falar sobre o fim da epidemia em curto prazo. No entanto, a ci�ncia, o apoio pol�tico e as respostas comunit�rias est�o come�ando a dar frutos claros e tang�veis", completou.
"Atualmente mais pessoas que nunca viveram com o HIV, em grande partida devido ao maior acesso ao tratamento", destaca o relat�rio, que calcula em 34 milh�es - 17% a mais que em 2001 - o n�mero de soropositivos.
"Os dados refletem uma expans�o significativa do acesso ao tratamento com antirretrovirais, que tem ajudado a reduzir as mortes relacionadas com a Aids, especialmente nos �ltimos anos", completa. Metade dos portadores do v�rus recebe algum tipo de tratamento.
Tamb�m reflete o cont�nuo grande n�mero de novas infec��es, apesar da tend�ncia dar sinais de queda: em 2010 foram 2,7 milh�es de novos casos (incluindo 390.000 crian�as), 15% a menos que em 2001 e 21% a menos que em 1997, quando a propaga��o alcan�ou o m�ximo hist�rico.
E o n�mero de mortes por Aids caiu a 1,8 milh�o em 2010, contra 2,2 milh�es de �bitos em meados dos anos 2000.
"Desde 1995, evitamos um total de 2,5 milh�es de mortes em pa�ses com renda baixa e m�dia por meio do tratamento com antirretrovirais. Somente em 2010 foram evitadas 700.000 mortes relacionadas � Aids", afirma o documento de 52 p�ginas.
"A epidemia de Aids ainda n�o terminou, mas o fim pode estar pr�ximo se os pa�ses investirem de maneira inteligente", destaca a UNAIDS.
O organismo prop�e um objetivo ambicioso: "Nos pr�ximos cinco anos, os investimentos inteligentes podem impulsionar a resposta � Aids at� a vis�o de zero novas infec��es por HIV, zero discrimina��o e zero mortes relacionadas com a Aids".
A regi�o mais afetada pelo HIV/Aids continua sendo a �frica subsaariana (5% de preval�ncia entre a popula��o adulta), seguida pelo Caribe (0,9%) e R�ssia (0,9%).
Na Am�rica Latina a evolu��o permanece est�vel desde o in�cio dos anos 2000 (0,4% de preval�ncia). Tamb�m permanece est�vel na Am�rica do Norte (0,6%) e Europa ocidental e central (0,2%), "apesar do acesso universal ao tratamento, do atendimento e apoio, e da ampla sensibiliza��o ao tema", ressalta o documento.
A propor��o de mulheres com HIV permaneceu est�vel (ao redor de 50%), mas h� mais mulheres que homens infectadas na �frica negra (59%) e no Caribe (53%).
No fim de 2010, 68% dos soropositivos viviam na �frica subsaariana, onde mora apenas 12% da popula��o mundial. Desde 1998, um milh�o de subsaarianos morrem v�timas da Aids por ano e em 2010 metade dos �bitos relacionados com a Aids no mundo foram registrados na �frica austral.
O n�mero de cont�gios caiu em 33 pa�ses, 22 deles situados na �frica subsaariana.
No Caribe, no ano passado eram 200.000 soropositivos (adultos e crian�as), contra 210.000 em 2001. As novas infec��es ca�ram em um ter�o no mesmo per�odo.
"A grande influ�ncia � o acesso cada vez maior aos servi�os de preven��o do HIV para as mulheres gr�vidas, que permitiram uma consider�vel redu��o no n�mero de crian�as com HIV e na mortalidade infantil pela Aids".
Na Am�rica Latina, o n�mero de novas infec��es anuais, que registrava queda constante desde 1996, se estabilizou nos primeiros anos do novo mil�nio e tem permanecido est�vel desde ent�o a 100.000 por ano.