(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

FHC defende debate sobre modelo de cotas raciais


postado em 25/11/2011 08:51

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) defendeu nessa quinta-feira o debate em torno do modelo de ado��o de cotas raciais no ensino superior brasileiro e disse ser favor�vel � exist�ncia de um sistema que permita o ingresso daqueles que s�o exclu�dos socialmente. O tucano, que participou do semin�rio "Ra�a e Cidadania no Brasil: A Quest�o das Cotas", no Instituto Fernando Henrique Cardoso, na capital paulista, admitiu que existe preconceito racial no Brasil e avaliou que n�o pode haver democracia quando h� racismo. "� preciso que n�s tenhamos pol�ticas de combate ao racismo", pregou. "Eu sou favor�vel que exista um sistema que permita o ingresso daqueles que s�o exclu�dos", acrescentou. A ministra-chefe da Secretaria Especial de Pol�ticas de Promo��o da Igualdade Racial, Luiza Barrios, tamb�m participou do semin�rio.

O tucano defendeu uma maior discuss�o sobre a maneira como s�o aplicadas as cotas raciais e classificou de "inaceit�veis" os chamados "tribunais raciais", comiss�es encarregadas de homologar ou n�o as inscri��es de estudantes que optam pelo sistema de cotas nas universidades. "N�s temos de discutir a maneira de aplicar essas cotas raciais, porque n�o s�o aceit�veis 'tribunais raciais'", afirmou o ex-presidente. O tucano reconheceu ainda avan�os na promo��o da igualdade racial durante a administra��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, como a cria��o, em 2003, da Secretaria Especial de Pol�ticas de Promo��o da Igualdade Racial.

A ministra Luiza Barrios concordou com a avalia��o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de que democracia e racismo s�o incompat�veis e destacou que as cotas raciais s�o um poderoso instrumento de pol�tica p�blica para promover inclus�o em alguns espa�os. "E isso foi provado com a quest�o do acesso ao ensino superior", considerou. "E eu acho que, agora, n�s temos que nos provar e nos testar em outras �reas, a exemplo do mercado de trabalho", acrescentou. A ministra considerou ainda que h� no Brasil uma dificuldade de identificar o racismo como produto das desigualdades sociais e avaliou que, apesar de ter havido avan�os nos �ltimos anos, os preconceitos raciais ainda persistem na sociedade brasileira.

A ministra lembrou que, pela primeira vez, um programa voltado ao enfrentamento do racismo e � promo��o da igualdade racial foi inserido no Plano Plurianual do governo federal, de 2012, e ressaltou a import�ncia de se debater a quest�o racial em uma eventual reforma pol�tica. Ela lembrou que, apesar da maioria da popula��o considerar-se negra ou parda, segundo dados do Censo 2010, h� apenas vinte e um parlamentares negros no Congresso Nacional. "Cabe a setores da sociedade discutir a igualdade racial no �mbito da reforma pol�tica", frisou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)