S�o Paulo %u2013 Depois de dois anos e tr�s meses em vig�ncia, a Lei Antifumo, que pro�be o uso de tabaco em ambientes fechados em todo o estado de S�o Paulo, reduziu em 73% a concentra��o do mon�xido de carbono, subst�ncia nociva produzida pelo cigarro nesses locais. Segundo o Centro de Vigil�ncia Sanit�ria do Estado de S�o Paulo, cerca de 500 mil estabelecimentos foram fiscalizados neste per�odo e 99,8% est�o cumprindo a lei estadual. Nos ambientes parcialmente fechados a queda foi 60% e nos abertos 61%. A queda tamb�m aparece no organismo de 600 trabalhadores. Entre os n�o fumantes a diminui��o do mon�xido de carbono no organismo foi 49,2% e nos n�o fumantes 27,2%. %u201CA lei foi uma grande vit�ria da sa�de p�blica e se isso se reproduzir no Brasil todo, certamente ser� bom. Atualmente pelo menos sete pessoas n�o fumantes morrem no pa�s devido � exposi��o involunt�ria no ambiente%u201D, disse a diretora do Centro de Vigil�ncia Sanit�ria, Maria Cristina Megid. A lei pode ser estendida para todo o Brasil, j� que o Senado aprovou essa semana uma medida provis�ria que pro�be o fumo em ambientes fechados e at� a exist�ncia de �reas destinadas a fumantes. A determina��o valer� a partir da san��o da presidenta Dilma Rousseff. Segundo Maria Cristina, a Lei Antifumo � aprovada por 83% dos fumantes de S�o Paulo, o que indica que eles aderiram voluntariamente � determina��o. Entre a popula��o, toda a nota m�dia para a lei � de 9,2, j� que 91% da popula��o consideram a lei boa ou �tima. Quarenta e dois por cento dos fumantes passaram a fumar menos em decorr�ncia da lei. %u201CTeve um trabalho intenso de conscientiza��o da popula��o sobre os males do cigarro e da fuma�a, que n�o � s� inc�moda, mas leva a riscos graves para a sa�de. Levamos essa informa��o para a sociedade e o que percebemos � que ela passou a cobrar que o ambiente seja livre de tabaco%u201D, afirmou Maria Cristina. Para a diretora, a mudan�a de comportamento da popula��o paulista foi o grande ganho da lei, porque passou a ser natural n�o haver ningu�m fumando em ambiente fechado e que os cidad�os incorporaram a lei aos seus h�bitos e ao que consideram um direito e um exerc�cio da cidadania. %u201CSe tem uma pessoa que fuma ela levanta e vai fumar l� fora. Muitos fumantes dizem que foram a lugares onde n�o h� a lei e n�o conseguiram fumar em local fechado%u201D. Maria Cristina destacou que logo ap�s a lei ser sancionada em maio de 2009, a grande discuss�o era se a lei invadia e acabava com a liberdade de escolha da popula��o, mas aos poucos foi se revelando que n�o. %u201CO que estamos fazendo � promover a sa�de da popula��o, trabalhando com a preven��o. A partir do momento em que o Estado tem a consci�ncia de que h� uma causa de doen�as e mortes que podem ser evitadas � dever do Estado legislar a favor da sa�de%u201D. Entre os propriet�rios de estabelecimentos, 67% disseram n�o terem notado diferen�a no movimento, 15% disseram que aumentou e 18% que diminuiu. Entre aqueles que disseram n�o ser dif�cil controlar os fumantes est�o 66%, os que contrataram vigias foram 17% e 17% disseram que os fumantes s�o insistentes. %u201CO tempo de perman�ncia no ambiente tamb�m n�o mudou com 70% dos propriet�rios afirmando isso. Os que disseram que os clientes ficam menos tempo foram 15%. Isso indica que os estabelecimentos n�o perderam clientela, um dos medos dos propriet�rios com a lei%u201D, disse.
AMBIENTES FECHADOS DE SP