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Estado de Minas

Receptor de medula �ssea tem mais risco de ter AVC


13/12/2011 16:09




Pessoas que passaram por transplantes de medula �ssea t�m mais risco de sofrer ataques card�acos, derrames (AVC), passar por cirurgias para doen�as gastrointestinais e at� de desenvolver um novo c�ncer do que o restante da popula��o. Numa pesquisa in�dita, m�dicos da Calif�rnia mapearam as doen�as que atingem o paciente de transplante de medula �ssea. O estudo, que investigou a sa�de de 366 pessoas com mais de dez anos de transplante, foi apresentado no Encontro Anual da Sociedade Americana de Hematologia, realizado em San Diego, na Calif�rnia.

"N�o podemos desistir do transplante de medula �ssea. Precisamos faz�-lo para que o paciente seja curado do c�ncer prim�rio. Mas precisamos ter esse acompanhamento de longo prazo para conhecermos as complica��es que v�o surgir, detect�-las cedo e control�-las para evitar que virem problemas mais s�rios. Queremos que o paciente tenha uma boa qualidade de vida e por mais tempo", afirmou Smita Bathia, m�dica do City of Hope Cancer Center, na Calif�rnia.

Para o estudo, que levou quatro anos, os m�dicos aplicaram um question�rio com perguntas sobre a sa�de f�sica e psicol�gica do paciente e compararam os dados com as respostas de 309 irm�os dos transplantados. "Eles cresceram juntos e foram expostos ao mesmo ambiente dos sobreviventes. Tamb�m t�m a mesma heran�a gen�tica. Al�m disso, estavam dispostos a cooperar com o estudo em benef�cio do tratamento dos irm�os", explica a m�dica Can-Lan Sun, l�der da pesquisa.

Entre os transplantados, 74% tinham doen�as cr�nicas. Desses, um em cada quatro sofria de doen�as incapacitantes, que dificultam a locomo��o, afetam a vis�o ou a audi��o. As doen�as cr�nicas atingiam 39% dos irm�os, e apenas 8% deles tinham alguma condi��o mais grave.

Doen�as psicol�gicas, como depress�o e estresse, afetavam ambos os grupos, sem distin��o. Por�m, 11% dos sobreviventes dos transplantes relataram estresse som�tico, enquanto no outro grupo esse relato foi de apenas 4%.

De acordo com as especialistas, as doen�as mais comuns foram as cardiovasculares, ataques card�acos e cardiomiopatias, derrames, cegueira, perda de audi��o, cirurgias gastrointestinais e osteonecrose. N�o h� distin��o entre o tipo de transplante realizado - aut�logo (do pr�prio paciente), ou alog�nico (de uma pessoa para a outra). No entanto, nos casos de transplante alog�nico em que surgiu a doen�a do enxerto contra o hospedeiro - quando o organismo passa a rejeitar o �rg�o transplantado -, a condi��o de sa�de do paciente se deteriora muito.

Entre aqueles submetidos ao transplante mais cedo, h� maior risco de surgimento de novos c�nceres, principalmente os de mama tireoide, tumor �sseo e cerebral. Tamb�m t�m maior risco de osteonecrose e catarata. Entre os mais velhos, as doen�as mais comuns s�o as coronarianas, derrames e vasculares.

Os pacientes investigados tinham em m�dia 37 anos - os mais jovens tinham 10 anos e os mais velhos 70. Mais da metade (55%) era do sexo masculino e 73% receberam a medula de outras pessoas. Entre as doen�as que levaram ao transplante est�o as leucemias (62%), linfomas (18%). Anemias apl�sicas e outras doen�as responderam pelo restante dos casos.

Para o m�dico da Unicamp C�rmino Antonio de Souza, presidente da Associa��o Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, o estudo � importante para permitir acompanhar os desdobramentos da doen�a. "O transplante n�o � isento de riscos para o paciente - nem durante o procedimento, nem no futuro. Isso quer dizer que esse paciente vai precisar de cuidados m�dicos para o resto da vida. A rela��o dele com o m�dico ser� indissol�vel", afirma.


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