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Estado de Minas

Cidade baiana � a mais violenta. Prefeito fica surpreso

O prefeito acredita que parte da viol�ncia atribu�da a Sim�es Filho deve-se � proximidade com Salvador


postado em 14/12/2011 20:31

O prefeito do munic�pio de Sim�es Filho, na Regi�o Metropolitana de Salvador, Jos� Eduardo Alencar, se disse "espantado" com o resultado da pesquisa Mapa da Viol�ncia, divulgada pelo Instituto Sangari hoje. O estudo coloca a cidade na lideran�a dos 67 munic�pios m�dios e grandes no Brasil com maiores taxas de homic�dios. Segundo a pesquisa, Sim�es Filho, quinta economia da Bahia, apresenta 146,4 homic�dios por 100 mil habitantes.

Na pesquisa anterior, divulgada no in�cio do ano, Sim�es Filho tinha taxa de 152.6 homic�dios para um grupo de 100 mil habitantes e ocupava a segunda coloca��o, atr�s de Itupiranga, no Par�, com taxa de 160.6. Outras duas cidades baianas figuram entre as dez mais violentas do Brasil, ambas no sul do Estado: Porto Seguro, em quinto lugar com 108,3 homic�dios e Itabuna,a oitava,com 103,9.

"N�o sei em que eles basearam essa pesquisa, mas, com certeza esse resultado n�o reflete a realidade na nossa cidade e n�o bate com os n�meros apresentados pela Secretaria de Seguran�a P�blica do Estado", defende o prefeito, enquanto enumera os investimentos que vem realizando com recursos municipais desde que assumiu, h� tr�s anos.

Ele est� no terceiro mandato, ap�s dois subsequentes.

"Instalamos c�meras de monitoramento por toda a cidade, reequipamos a guarda municipal, reformamos a cadeia p�blica, adquirimos mais tr�s viaturas e oito motos, entre outras a��es, porque eu n�o sou prefeito de repassar responsabilidades para o Estado. Todas as a��es que podemos fazer, temos feito. Al�m disso monitoro os �ndices m�s a m�s. Por isso, n�o acredito nessa pesquisa. At� 2008 podia at� ser, depois disso, com certeza, n�o", frisa, preocupado com os reflexos do estudo.

O prefeito acredita que parte da viol�ncia atribu�da a Sim�es Filho deve-se � proximidade com Salvador. A dist�ncia entre uma cidade e outra � de cerca de 30 Km. Muito do que ocorre no entorno da capital � registrado na 8ª Delegacia, que fica no Centro Industrial de Aratu (CIA), no munic�pio vizinho.

Respons�vel pelo comando do policiamento ostensivo na cidade, o capit�o Jorge Ricardo Albuquerque tem ponto de vista parecido com o do prefeito. Segundo ele, al�m das ocorr�ncias registradas na 8ª delegacia, at� 2010 v�timas de homic�dio e tentativa de homic�dio de favelas na regi�o fronteiri�a entre a capital e o munic�pio eram atendidas no Hospital de Sim�es Filho. Al�m disso h� muita desova de crimes cometidos em localidades vizinhas mais pobres, como o sub�rbio de Salvador, que utilizam �reas de ind�strias desativadas como dep�sito de corpos.

"Esse instituto toma como base as entradas hospitalares. Essa tamb�m pode ser uma explica��o para o descompasso entre os n�meros deles e os nossos", sup�e. Conforme o major, entre 1º de janeiro e 30 de novembro de 2010 foram 92 homic�dios registrados na cidade contra 70 ocorr�ncias no mesmo per�odo de 2011, o que contabiliza 22 homic�dios a menos. "N�o tenho d�vidas de que a redu��o ser� ainda maior em 2012", garante, muito embora os n�meros de 2010 apresentem uma varia��o substancial no n�mero de homic�dios de cerca de 40% em rela��o ao ano anterior.

Ele admite, por�m, que, a popula��o de Sim�es Filho, estimada em 120 mil habitantes, tem maioria de baixa renda. Aqueles que atuam no centro industrial instalado na regi�o ocupam apenas as fun��es que requerem menor qualifica��o. Os principais postos de trabalho s�o preenchidos por moradores da capital.

A topografia da cidade tamb�m dificulta a a��o policial imediata. "Em alguns lugares n�o d� para entrar nem de moto, tem que ser � p�", diz o major, que conta com um efetivo de 140 homens, em n�meros absolutos, mas o ideal, estima, seria 30% mais.

Em nota distribu�da no in�cio da noite, a Secretaria de Seguran�a P�blica da Bahia informou que o secret�rio Maur�cio Telles concorda que houve aumento nos n�meros da viol�ncia nos �ltimos 30 anos. Contudo explicou que o planejamento executado nos �ltimos anos conseguiram reduzir em 16% as taxas da viol�ncia no primeiro semestre de 2011 em rela��o a igual per�odo de 2010. A expectativa � tamb�m de queda com ela��o ao segundo semestre, que ainda n�o tem n�meros fechados.

A reportagem tentou ouvir um dos quatro promotores que atuam em Sim�es Filho, mas nenhum deles se encontrava na promotoria na quarta-feira. At� o in�cio da noite o prefeito de Porto Seguro n�o foi localizado.


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