Moradores s�o obrigados a abandonar regi�o onde dique se rompeu
Cerca de 900 pessoas foam retiradas ontem em Outeiro, no Norte fluminense
postado em 10/01/2012 11:12 / atualizado em 10/01/2012 11:20
Homem observa local do rompimento do dique da Lagoa da On�a, tendo ao fundo a Usina de Outeiro, no Norte do Rio (foto: Sil�sio Corr�a - Folha da Manh�)
Rio de Janeiro – Uma semana depois do in�cio da trag�dia que se abateu sobre o Norte e Noroeste fluminense devido a fortes chuvas, que j� haviam deixado, at� ontem, cerca de 15 mil desalojados ou desabrigados no estado, equipes da Defesa Civil estadual e da Defesa Civil de Campos continuavam ontem, desde cedo, o trabalho de remo��o das fam�lias que vivem na localidade de Outeiro, em Cardoso Moreira, onde um dique se rompeu no domingo. Foi o segundo dique que se rompeu na regi�o em menos de uma semana. Cerca de 900 pessoas devem ficar desalojadas.
Alguns moradores sa�am voluntariamente para casas de parentes e outros recebiam barracas de acampamento para fazerem abrigos de emerg�ncia em um morro pr�ximo. A previs�o era de que at� o inicio da tarde toda a �rea de Outeiro, um distrito que nasceu no entorno de uma usina desativada, fosse inundada. O chamado Dique das On�as se rompeu por causa da for�a das �guas do Rio Muria�. Outeiro � uma �rea rural que tem cerca de 40 fam�lias. O caso � semelhante ao que ocorreu na semana passada, com a localidade de Tr�s Vendas, em Campos, quando uma cratera foi aberta pelas �guas do Muria� na BR-356. Outeiro fica bem pr�ximo a Tr�s Vendas.
Segundo a Defesa Civil, a situa��o � delicada, mas n�o potencializa a cheia na �rea urbana de Cardoso Moreira, talvez o munic�pio mais castigado pela enchente da semana passada, e encontra-se praticamente isolada de Campos, por causa da queda de barreira em uma estrada vicinal entre as localidades de Palmares e Pureza, no munic�pio de S�o Fid�lis. Em Outeiro moram cerca de 600 pessoas, que ter�o que deixar suas casas.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) tentaria desobstruir ontem a estrada onde caiu uma barreira, que faz liga��o com S�o Fid�lis. O caminho alternativo mais razo�vel para quem sa�a de Cardoso Moreira rumo a Campos era essa via. Agora, resta apenas um, que passa por Bom Jesus do Itabapoana, aumentando o tempo de viagem em duas horas. Em Itaperuna, v�rios deslizamentos de terra levaram a prefeitura a decretar alerta m�ximo.
Dados do Sistema de Alerta de Cheias do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) mostram que est� em alerta m�ximo o n�vel dos rios que cortam o Noroeste Fluminense. A situa��o � cr�tica no Rio Muria� – que passa pelos munic�pios de Laje do Muria�, Italva, Itaperuna, Cardoso Moreira e Campos -, Rio Carangola – que atravessa Porci�ncula, Natividade –, Rio Pomba – que passa por Santo Ant�nio de P�dua –, Rio Itabapoana – que atravessa Bom Jesus de Itabapoana – e o Rio Para�ba do Sul – que corta Campos e � o principal da bacia.
O munic�pio de Petr�polis (RJ), muito atingido pelas enchentes que castigaram a Regi�o Serrana do Rio h� exatamente um ano, registrou 467 ocorr�ncias causadas pela chuva desde o dia 1º. N�o houve v�timas. Boletim divulgado ontem aponta que 343 casos foram emerg�ncias e 124 foram a��es preventivas da Defesa Civil. At� a tarde de ontem, 33 resid�ncias foram interditadas. Na Baixada Fluminense, tamb�m h� locais em est�gio de alerta m�ximo: Saracuruna, em Duque de Caxias. O Rio Capivari, em Belford Roxo, que estava em est�gio de alerta m�ximo at� o in�cio da manh� desta segunda-feira, voltou ao est�gio de aten��o.
O secret�rio do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, anunciou investimentos da ordem de R$ 850 milh�es para evitar inunda��es na regi�o, sendo a maior parte do governo federal e 20% de contrapartida do estado. Segundo Minc, oito projetos de combate a enchentes para as regi�es afetadas e para o munic�pio de S�o Gon�alo foram apresentados quinta-feira ao ministro da Integra��o Nacional, Fernando Bezerra, e tr�s foram selecionados para serem executados imediatamente com os recursos. O primeiro projeto receber� R$ 350 milh�es e pretende proteger quatro cidades cortadas pelo Rio Muria� (Laje do Muria�, Itaperunam Italva e Cardoso Moreira), fortemente afetadas pela cheia do rio que nasce em Minas Gerais. Os recursos ser�o usados para constru��o de tr�s extravasores (estrutura para controle da passagem da �gua) e uma barragem de controle de cheias.
Foi registrada chuva forte tamb�m ontem no litoral de Santa Catarina.
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