Tropas do Ex�rcito come�aram a chegar �s ruas do centro de Salvador e de Feira de Santana no meio da manh� desta sexta-feira, 3, para fortalecer a seguran�a nos locais, comprometida desde ontem por causa da paralisa��o parcial da Pol�cia Militar na Bahia. Com o refor�o dos militares, os comerciantes, que hesitavam em abrir as portas em algumas �reas da capital e em todo o centro de Feira de Santana, passaram a trabalhar normalmente. "Agora est� mais tranquilo, policiado, antes a gente estava tenso", relata a gerente de loja Claudia Rocha Santos. O estabelecimento que ela comanda, filial de uma rede de eletrodom�sticos no bairro da Liberdade, um dos mais importantes no com�rcio soteropolitano, havia aberto apenas uma das quatro portas de ferro at� as 10h30, quando passou o primeiro caminh�o, com cerca de 30 militares a bordo. Depois, com o Ex�rcito j� circulando pela �rea, a loja foi totalmente aberta.
A tens�o foi causada pelas amea�as de arrast�o e pelos arrombamentos e saques, durante a madrugada, de pelo menos dez grandes lojas da regi�o, entre supermercados, lojas de eletroeletr�nicos e joalheria. Na �ltima, oito homens usaram um carro roubado para destruir a porta met�lica, invadir o estabelecimento e levar dezenas de produtos. Os assaltantes fugiram a p� e toda a a��o foi filmada pelo sistema de seguran�a da loja.
O movimento de vendedores ambulantes e de compradores na regi�o central tanto de Salvador quanto de Feira de Santana, por�m, � bem menor que o normal. Vendedores da capital estimam redu��o de entre 70% e 80% no n�mero de clientes. Cerca de metade dos ambulantes n�o montaram barracas hoje. Dois mil militares do Ex�rcito e 650 integrantes da For�a Nacional de Seguran�a v�o fortalecer o policiamento ostensivo no Estado enquanto houver parte da Pol�cia Militar paralisada. Segundo a Secretaria de Seguran�a P�blica do Estado, pelo menos dois ter�os dos 32 mil PMs da ativa na Bahia est�o trabalhando.
O movimento grevista foi iniciado por uma das nove associa��es que representam a categoria no Estado, a Associa��o de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra). Integrantes do grupo ocupam, desde ter�a-feira, a entrada da Assembleia Legislativa e promovem manifesta��es em Salvador. A Aspra, que tem cerca de 2 mil filiados, cobra do governo a incorpora��o de gratifica��es aos sal�rios, al�m de regulamenta��o para o pagamento de adicionais, como de periculosidade e acidente. O comando-geral da PM diz n�o reconhecer a Aspra como entidade de classe.As outras associa��es de classe n�o aderiram � paralisa��o. As lideran�as delas tiveram uma reuni�o com a c�pula da Seguran�a P�blica do Estado, no fim da manh�, para debater a situa��o e cobrar do governo melhorias nas condi��es de trabalho.