O cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, preso desde quarta-feira, est� em greve de fome, informou a mulher dele, a dona de casa Cristiane Daciolo. Ela contou que foi avisada pelo defensor p�blico que o representa. Desde que chegou a Bangu 1, Daciolo teria recusado as refei��es servidas no pres�dio de seguran�a m�xima. Cristiane disse n�o saber como est� a sa�de do marido, porque teve apenas um encontro com ele, de 15 minutos, na quinta-feira.
Cristiane refutou as acusa��es de que o movimento de greve est� sendo manipulado politicamente. "Ele (Daciolo) n�o est� envolvido com pol�tica, n�o est� filiado a partido algum. Partidos pol�ticos apoiam o movimento, mas o movimento n�o est� com nenhum partido", afirmou.
Sobre as declara��es de Daciolo, de que recusaria qualquer aumento oferecido pelo governo e que os bombeiros lutariam pela sa�da de S�rgio Cabral, ela disse ainda que o marido foi motivado pelo "calor da hora". "Voc� j� trope�ou e falou um palavr�o? Foi a mesma coisa. Era uma conversa fechada entre bombeiros. Ele se exaltou".
Na ocasi�o, o movimento pleiteava o piso de R$ 2.000 - agora, a exig�ncia � de R$ 3.500. "Se amanh� o governador falar: n�o d� R$ 2 mil para eles n�o, d� R$ 4 mil. O que n�s vamos dizer? Fora Cabral! Fora, Cabral!", disse Daciolo na ocasi�o.
Para a deputada Janira Rocha, esse tipo de manifesta��o demonstra a "espontaneidade do movimento". "Se existisse articula��o pol�tica, n�o haveria manifesta��o em Copacabana no momento de refluxo do movimento nem palavra de ordem como "Fora, Cabral". Isso demonstra o n�vel de tens�o com o governo, que naquele momento n�o os recebia".
Al�m de Janira, esteve em Copacabana o deputado estadual Paulo Ramos (PDT), �nico a votar contra a mensagem do governo que reajustou os bombeiros, por entender que a proposta n�o atendia �s reivindica��es da categoria. Com o aumento, o piso passou de 1.277,13 em janeiro para R$1.669,33. Com a gratifica��o e o vale-transporte, esse valor vai para R$ 2.119,33.