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Estado de Minas

Dire��o de parque Hopi Hari pode ser responsabilizada por morte

Funcion�rio que operava brinquedo no Hopi Hari estava despreparado, diz delegado


postado em 06/03/2012 17:57 / atualizado em 06/03/2012 18:03

O delegado de Vinhedo, �lvaro Santucci Noventa J�nior, que investiga as causas da morte da adolescente Gabriella Nichimura, de 14 anos, ap�s queda de um brinquedo do parque de divers�es Hopi Hari, no dia 24, disse que a responsabilidade pelo uso indevido do equipamento do qual caiu a menina dever� ser estendida � dire��o do parque.

Noventa J�nior fez essa afirma��o ap�s ouvir o depoimento do segundo de cinco operadores da atra��o La Tour Eiffel que estavam no brinquedo naquele dia. Assim como Vitor Igor Spinucci de Oliveira, de 24 anos, afirmou em depoimento na quarta-feira passada, o operador Marcos Antonio Tomaz Leal, de 18 anos, disse hoje que seu treinamento para operar o brinquedo foi a leitura de um manual intitulado "padr�o b�sico opera��o rides". Leal trabalha no Hopi Hari h� seis meses e estava na Torre Eiffel havia 20 dias. O manual, com dez p�ginas, tem informa��es gerais sobre o parque, mas n�o sobre a atra��o, especificamente.

"Se realmente ocorreu apenas a leitura � um ato muito falho da dire��o do parque. De quem est� hierarquicamente acima deles e at� mesmo da dire��o, se sabia disso", afirmou Noventa J�nior. "Ent�o, n�o vai se limitar aos operadores a responsabilidade. A gente vai, na hierarquia, chegar at� quem teve o dever de zelar pela integridade dos usu�rios do parque", disse. O delegado informou que vai ouvir os outros tr�s operadores do brinquedo amanh� e, se necess�rio, outros funcion�rios, para confirmar se n�o havia um curso mais aprofundado para operar os equipamentos.

O advogado do parque, Alberto Toron, reafirmou que o treinamento dos funcion�rios tem tr�s fases, incluindo uma de campo. "O treinamento n�o se resumia � simples leitura do manual. Tinha tr�s fases, sendo que a terceira era em campo, ao lado de funcion�rios mais experientes", afirmou. "Quem faltou com dever de cuidado faltou em rela��o a algo muito simples. Portanto, vamos aguardar a continuidade das apura��es e confiamos no ju�zo prudente do delegado de pol�cia", completou.

O brinquedo � uma torre com cinco conjuntos com quatro cadeiras cada um. Dois deles est�o interditados. A cadeira do setor 3 na qual Gabriella sentou-se estava inoperante havia ao menos dez anos. O parque explica que o assento n�o era usado pois se um visitante com maior estatura se sentasse ali poderia esbarrar os p�s em estrutura met�lica usada para dar ao brinquedo o formato da Torre Eiffel.

Acarea��o

Marcos Leal n�o deu entrevista, assim como Vitor Oliveira. O advogado de ambos, Bichir Ale Bichir J�nior, disse que seu cliente contou ao delegado que 15 minutos antes da abertura dos port�es do parque teria notado que a trava da cadeira inoperante estava solta. O rapaz teria avisado Oliveira. Segundo Leal, o colega teria avisado a um superior. Por�m, em seu depoimento, Vitor Oliveira disse ter acionado uma colega chamada Amanda que entrou em contato com o atendente s�nior Lucas Martins. A ele, a funcion�ria teria dito que a cadeira travada do setor 3 estava abrindo, o que permitia que algu�m sentasse ali. "Prossegue que estou acionando a manuten��o", teria respondido Martins, conforme depoimento do primeiro operador.

No momento do acidente, quem operava o setor 3, segundo informa��es dos dois depoimentos, era um funcion�rio chamado Edson. Os sobrenomes de Amanda e Edson n�o foram divulgados. A reportagem n�o localizou Lucas Martins. Em depoimento dado na semana passada, a m�e de Gabriella, Silmara, disse ter questionado o fato da cadeira da filha n�o possuir um cinto de seguran�a ligando a trava ao banco e ter ouvido de algum funcion�rio: "o brinquedo � seguro". A fam�lia apresentou uma fotografia ao delegado. Na imagem, Marcos Leal est� � frente do conjunto de cadeiras ocupadas pela fam�lia Nichimura. Ao lado do setor aparece Edson.

O advogado Bichir Ale Bichir J�nior informou que Leal estava em movimento no momento da fotografia e que seus clientes operavam os setores 2 e 4. O delegado disse que vai ouvir Edson, bem como duas outras operadores e o atendente s�nior. "Os dois ouvidos at� o momento se eximem de terem respondido � m�e. � importante chegar aos outros operadores. Se for necess�rio, marcaremos uma audi�ncia de acarea��o".


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