ONG questiona no MPF campanha de combate � aids no carnaval

O F�rum ONG/Aids de S�o Paulo, organiza��o n�o governamental de luta contra a aids, fez uma representa��o ao Minist�rio P�blico Federal (MPF) contestando a campanha de combate � aids do Minist�rio da Sa�de veiculada durante o carnaval.

A organiza��o decidiu recorrer ao MPF porque um dos v�deos da campanha, em que aparecia um casal gay, n�o foi exibido em televis�o aberta. Para o presidente do f�rum, Rodrigo Pinheiro, a n�o exibi��o caracterizou censura do governo federal.

Antes do in�cio da campanha, o Minist�rio da Sa�de tirou de seu site na internet o v�deo, sendo alvo de cr�ticas de entidades ligadas ao movimento gay e de combate � doen�a. Na ocasi�o, o governo federal argumentou que houve um erro ao colocar o filme em sua p�gina na internet, porque seria veiculado apenas em ambientes fechados e frequentados por jovens homossexuais de 15 a 24 anos de idade, p�blico-alvo da campanha.

No documento encaminhado ao MPF, a organiza��o cobra esclarecimentos sobre hor�rios e os locais onde o filme foi veiculado e se houve fiscaliza��o, al�m de alegar que boates e saunas gays n�o podem ser frequentadas por menores de idade, que integram a faixa et�ria da campanha.

"Como foi contratada a veicula��o em “locais fechados”? Para quais dias e para passar com qual frequ�ncia, em quais locais? Se uma parte da popula��o a ser atingida � menor de idade, como poderiam estar nos locais tais como boates ou saunas? Os dados epidemiol�gicos podem ser veiculados em TV aberta para o grande p�blico, mas beijos, abra�os, rodar na areia s�o s� para locais fechados? O que o p�blico entende mais: epidemiologia e n�meros ou beijos e abra�os?”, indaga o documento.

O filme, defendido pelas entidades para exibi��o na TV, mostrava um casal homossexual trocando car�cias em uma boate e quando decidia ter uma rela��o sexual, uma fadinha aparecia com o preservativo. Em rede nacional de TV, a campanha exibiu, durante o carnaval, v�deo com dois jovens – um homem e uma mulher – falando sobre a taxa de incid�ncia da aids no pa�s e o uso de preservativo.

Procurado pela Ag�ncia Brasil, o Minist�rio da Sa�de reiterou que n�o houve veto ou censura ao v�deo, pois foi criado para ser exibido em locais frequentados pelo p�blico-alvo da campanha. A pasta elaborou uma ampla campanha com pe�as espec�ficas para os diversos ve�culos de comunica��o.

Caso aceite a den�ncia do f�rum, o MPF pode solicitar apenas informa��es ao governo federal, abrir uma investiga��o ou at� ingressar com uma a��o na Justi�a.