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Estado de Minas

Programa tenta evitar cegueira em diab�ticos


postado em 23/03/2012 19:55

Um projeto piloto, lan�ado no Rio para prevenir a cegueira entre jovens diab�ticos, mostrou que � grande o n�mero de pacientes que desconhecem ter a les�o inicial. Se tratada essa les�o, a doen�a pode ser revers�vel. Dos 124 jovens testados, em seis meses, 26% precisavam de tratamento. Nenhum tinha conhecimento do problema. O programa Oftalmologista Amigo do Jovem Diab�tico est� prestes a ser lan�ado em S�o Paulo.

"Nossa inten��o � reduzir a perda visual relacionada a diabete. A retinopatia � assintom�tica, silenciosa e tem a ver com a falta de controle da diabete", afirma a endocrinologista Solange Travassos, presidente da Uni�o das Associa��es de Diab�ticos do Estado do Rio (Uaderj) e coordenadora do projeto.

O n�vel alto de a��car no sangue causa les�es nos vasos sangu�neos que nutrem a retina. S�o les�es pequenas, que provocam vis�o desfocada, e podem ser identificada por um exame de fundo de olho, feito com a pupila dilatada. Se n�o forem tratadas, o paciente pode ter um sangramento repentino, com descolamento da retina. "Se isso ocorre com paciente de plano de sa�de, ele corre para o hospital e faz cirurgia a laser. Na rede p�blica de sa�de, a fila tem 300 pessoas e at� ser atendido, o jovem ficar� cego", diz Solange.

A retinopatia costuma aparecer a partir da adolesc�ncia e causa problemas de vis�o para mais de 90% ap�s 20 anos de doen�a. A recomenda��o � que o paciente fa�a um exame de fundo de olho anual a partir da adolesc�ncia. J� as crian�as devem come�ar a ser examinadas entre 3 e 5 anos depois dos primeiros sintomas.

Numa parceria entre a Uaderj e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), com apoio da Sanofi Diabetes, oftalmologistas de todo o Estado foram convidados a participar da campanha. Eles deveriam se comprometer a atender dois pacientes carentes por m�s. Se identificado o problema no in�cio fariam o acompanhamento. A les�o grave � encaminhada para a Uaderj, que busca a cirurgia na rede p�blica. "Isso � o mais dif�cil. O nosso foco � identificar os casos leves, que podem ser revertidos".

Em seis meses, 50 m�dicos aderiram � campanha. O objetivo, agora � expandir a rede para o interior do Estado. "J� estamos em conversas com S�o Paulo e queremos que esse seja um projeto nacional", afirmou Solange.

O aposentado Rodolfo Mutzembecher J�nior, de 67 anos, � diab�tico h� 46. Um acompanhamento minucioso, com controle da glicemia, garante que ele viva sem nenhum tipo de sequela. "Diabete n�o � doen�a, � uma disfun��o. � preciso aprender a conviver com essa disfun��o do p�ncreas para ter boa sa�de", afirma ele, que faz o exame anual de fundo de olho.

O ator Jo�o Fernandes, de 12 anos, que atuou na novela Cordel Encantado, foi diagnosticado aos 4 anos. Ele tamb�m j� faz o acompanhamento com oftalmologista. "Logo que fiquei diab�tico tinha um preconceito, algumas pessoas n�o me convidavam para festa porque n�o sabiam o que eu podia comer. Eu levo uma vida normal: estudo, fa�o handball, v�lei, dan�o hip hop e gravo a novela. � s� fazer o controle da glicemia", afirmou.


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