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Estado de Minas

Despedida de Chico re�ne f�s famosos e an�nimos

Emo��o, refer�ncias �s centenas de personagens e hist�rias protagonizadas pelo humorista atr�s das c�meras marcaram o vel�rio no Theatro Municipal


postado em 25/03/2012 07:42 / atualizado em 25/03/2012 08:08


A Cinelândia, no Centro do Rio, que abriga o Theatro Municipal, recebeu personagens anônimos que diziam amar o artista Chico Anysio e foram prestar a última homenagem (foto: Pablo Jacob/Agência O Globo))
A Cinel�ndia, no Centro do Rio, que abriga o Theatro Municipal, recebeu personagens an�nimos que diziam amar o artista Chico Anysio e foram prestar a �ltima homenagem (foto: Pablo Jacob/Ag�ncia O Globo))

Rio de Janeiro – O p�blico foi chegando aos poucos. Primeiro a fauna tradicional de papagaios de pirata da Cinel�ndia, que corria atr�s de qualquer artista ou pol�tico em busca de seus ef�meros minutos de fama. “Cheguei aqui �s 5h”, dizia o Tiririca Cover a um engravatado an�nimo, especialista em ser “sombra” de gente famosa. Em seguida, por volta do meio-dia, f�s, turistas e jornalistas se aglomeravam diante do Theatro Municipal do Rio, todos em busca de not�cias sobre as celebridades que lotavam a missa, ontem, em honra de Chico Anysio, que morreu na sexta-feira, aos 80 anos, v�tima de complica��es de uma infec��o pulmonar.

�s 6h, o corpo do humorista chegou ao Municipal, por onde passaram, ao longo do dia, 3 mil f�s. Sua mulher, Malga di Paula, amparada por familiares, ficou ao lado do corpo do marido toda a manh�. Ainda de madrugada, pelo Twitter, ela desabafou: “� uma dor dilacerante”. Dor que se via tamb�m estampada nas faces e nas declara��es de quem conviveu com Chico. “Uma grande perda para o pa�s, para o humor e para a arte”, destacou Alcione Mazzeo, ex-companheira do humorista, com quem teve o filho Bruno. O tempo chuvoso que previa a meteorologia se dispersou. Do Municipal, podia-se admirar o Cristo Redentor, como se se despedisse do humorista de mais de 200 faces.

Questionado pelo Estado de Minas sobre qual lembran�a guardava de Chico, Boninho, diretor da TV Globo, fez quest�o de ressaltar os momentos em que o humorista aparecia no Fant�stico, “de cara limpa”, pois Chico era, ele mesmo, o seu maior personagem. Bastante abalada, a atriz Nathalia Timberg passou rapidamente entre os jornalistas sem dizer qualquer palavra. O casseta Marcelo Madureira tamb�m rendeu homenagem ao mestre: “Ele se foi, quebraram a forma. Chico, o grande contador de hist�rias, � �nico”.
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PADRINHO Leandro Hassum se lembrou dos telefonemas do velho mestre. “Era o meu padrinho, sempre me ligava para saber o que andava fazendo, at� sobre a minha vida particular.” Tom Cavalcanti ressaltou o lado caridoso do amigo, ao lembrar as pessoas que Chico ajudava no Nordeste. “Convivi com ele durante cinco anos. Al�m de um mestre, Chico era um franciscano, sustentava fam�lias de artistas no Cear� e em Pernambuco.” Gl�ria Pires enfatizou seu poder criativo: “O trabalho de Chico fala por si s�. Agora, teremos de usar o YouTube para v�-lo e matar as saudades”, referindo-se ao compartilhamento de v�deos na rede social.

A atriz Mar�lia P�ra destacou que a morte de Chico representa uma perda para a arte do pa�s. “Era um amigo de todas as horas. Era um Chaplin brasileiro. Sempre ajudou os amigos que precisavam de socorro”, declarou. Visivelmente abalada, T�ssia Camargo, que atuou como Marina da Gl�ria na Escolinha do Professor Raimundo e ficou conhecida pelo bord�o “chamou, chamou?”, n�o continha a emo��o: “Estou me sentindo amputada. Era um homem muito generoso. Ele n�o vai morrer nunca”, disse. Juca Chaves destacou a originalidade do humorista: “Ele faz parte de uma gera��o do humor que est� acabando. Chico era o cara do bom humor”.

�s 13h25, os port�es da entrada principal do Theatro Municipal foram abertas para o p�blico. A fila com mais de um quil�metro se formou rapidamente. Gente como Mirlene Tertuliano da Silva, 45 anos, que estampava um cartaz com o dizer "vai com Deus, mestre". Ela, ajudante na produ��o de embalagens para comida de avi�o, deixou de ir trabalhar e saiu logo cedo do Bairro Guarabu, na Ilha do Governador. "Vim de van para saudar meu �dolo."


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