Cacha�a ser� reconhecida por Obama como produto tipicamente brasileiro

Bras�lia – As rela��es comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos v�o parar muitas vezes na Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC) por diverg�ncias na imposi��o de barreiras tribut�rias e elevados impostos. Mas, na reuni�o desta segunda-feira entre os presidentes Dilma Rousseff e o norte-americano Barack Obama as tens�es ficar�o de lado devido ao reconhecimento da cacha�a como produto tipicamente brasileiro, facilitando sua exporta��o para os Estados Unidos.

Obtida pela destila��o do caldo de cana de cana-de-a��car fermentado, a cacha�a � tradicionalmente usada na elabora��o da caipirinha, que virou marca do Brasil no exterior. No pa�s, s�o produzidos por ano cerca de 1,5 bilh�o de litros de cacha�a – a maioria em destilarias e uma parte de fabrica��o artesanal, em pequenos alambiques. S�o mais de 30 mil produtores e 5 mil marcas.

Paralelamente, Obama e Dilma negociar�o acordos sobre avia��o e comunica��es. Tamb�m foi solucionada a pend�ncia sobre o suco de laranja, pois os norte-americanos vetaram a entrada do produto brasileiro no pa�s. No entanto, ap�s a interfer�ncia da OMC, os Estados Unidos aceitaram rever suas leis.

Estar�o ainda em discuss�o acordos sobre a carne su�na e a lei agr�cola. O mercado dos Estados Unidos se abriu para a carne su�na de Santa Catarina, e os negociadores tentam ampliar a parceria para que a certifica��o beneficie outras �reas. As discuss�es sobre a nova lei agr�cola norte-americana s�o acompanhadas pelos negociadores brasileiros, pois isso pode causar impacto nas exporta��es nacionais.

No ano passado, os Estados Unidos foram o segundo principal parceiro comercial brasileiro, depois da China. De 2007 a 2011, o interc�mbio comercial brasileiro com o pa�s cresceu 37%, passando de US$ 44 bilh�es para US$ 60 bilh�es.

De janeiro a fevereiro de 2012, o interc�mbio comercial dos Estados Unidos com o Brasil aumentou em 20% em rela��o ao mesmo per�odo de 2011, passando de US$ 7,9 bilh�es para US$ 9,5 bilh�es. As exporta��es brasileiras cresceram em 38% e as importa��es, 6% no mesmo per�odo.