Oper�rios de Belo Monte iniciam esta semana a terceira greve em menos de seis meses

Os oper�rios da Usina Hidrel�trica de Belo Monte, no Par�, prometem parar as atividades nos cinco canteiros da obra instalados �s margens do Rio Xingu a partir desta segunda-feira (23). A decis�o foi tomada na semana passada em assembleia. Vai ser a terceira paralisa��o dos canteiros de obras da usina em menos de seis meses. Os funcion�rios da obra, a maior do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), pedem, entre outras reivindica��es, a redu��o do intervalo entre as chamadas baixadas e reajuste do valor do vale-alimenta��o.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Ind�strias da Constru��o Pesada do Estado do Par� (Sintrapav), Giovani Resende Silva, disse � Ag�ncia Brasil que mantinha a esperan�a, “ainda que bastante remota”, de o Cons�rcio Construtor de Belo Monte (CCBM) apresentar uma nova proposta aos oper�rios. Mas isso n�o aconteceu.

Baixada � o per�odo de folga que o cons�rcio d� aos trabalhadores para visitar a fam�lia. Atualmente, para cada per�odo de seis meses de trabalho, os funcion�rios de Belo Monte ganham nove dias de licen�a. O cons�rcio acenou apenas com a possibilidade de ampliar o per�odo da folga para 19 dias, com a antecipa��o de dez dias das f�rias. Segundo o sindicato, uma proposta que n�o pode ser aceita porque as f�rias “j� s�o direito assegurado por lei”.

Os trabalhadores querem aumento do vale alimenta��o de R$ 95 para R$ 300 por m�s, mas a empresa prop�e apenas um reajuste de R$ 15, aumentado o benef�cio para R$110.

A greve dos trabalhadores de Belo Monte ser� a terceira em menos de seis meses. No fim de fevereiro, os oper�rios decidiram apoiar a paralisa��o dos trabalhadores das usinas que est�o sendo erguidas no Rio Madeira, em Rod�nia (Jirau e Santo Ant�nio). Antes, em novembro, a greve foi motivada por protestos contra as condi��es de trabalho e dos alojamentos. Os oper�rios chegaram a bloquear um trecho da Rodovia Transamaz�nica.