
Segundo nota divulgada, nesta quarta-feira, pela Justi�a Federal de S�o Paulo, com base no artigo 20, § 2º, da Lei n.º 7.716/89, o Minist�rio P�blico Federal (MPF) denunciou a garota por crime de discrimina��o ou preconceito de proced�ncia nacional. "Reconhe�o que as consequ�ncias do crime foram graves socialmente, dada a repercuss�o que o fato teve nas redes sociais e na m�dia [...]. O que se pode perceber � que a acusada n�o tinha previs�o quanto � repercuss�o que sua mensagem poderia ter. Todavia, tal fato n�o exclui o dolo", afirma a ju�za na decis�o.
Declara��es como "Afunda Brasil. D�em direito de voto pros nordestinos e afundem o pa�s de quem trabalhava pra sustentar os vagabundos que fazem filho para ganhar a bolsa 171" e "Nordestino n�o � gente, fa�a um favor a SP, mate um nordestino afogado", foram suficientes para para a mo�a ganhar notoriedade no Twitter e gerar revolta dos brasileiros na rede social.
O "desabafo" de Petruso foi como ela resolveu mostrar seu descontentamento com a elei��o de Dilma Roussef para a presid�ncia da Rep�blica pela expressiva vota��o dos nordestinos, derrotando o seu candidato. A acusada confessou ter publicado a mensagem, mas disse que n�o tinha a inten��o de ofender, que n�o � pessoa preconceituosa e n�o esperava que a postagem tivesse tanta repercuss�o. Tamb�m confessou estar envergonhada e arrependida pelo que fez.
A senten�a da ju�za n�o foi a �nica consequ�ncia do ato de Mayara. Na �poca em que a mensagem foi publicada, 31/10/2010, ela cursava o primeiro ano de Direito, residia na capital paulista com duas amigas e estagiava em escrit�rio de advocacia de renome. Ap�s a repercuss�o do fato, perdeu o emprego, abandonou a faculdade e mudou-se de cidade com medo de repres�lias.
A ju�za M�nica Camargo rejeitou a alega��o da twitteira, de que sua express�o foi uma posi��o pol�tica. "As frases da acusada v�o al�m do que seria politicamente incorreto, recordando-se que o "politicamente correto" geralmente � mencionado no que toca ao humor, hip�tese de que n�o se cuida nesta a��o penal".