Rio de Janeiro - A Embaixada da Su�cia promove a partir da pr�xima segunda-feira, no Rio, a Semana da Inova��o Brasil-Su�cia: Inova��o para o Desenvolvimento Sustent�vel. O evento � preparat�rio � Confer�ncia das Na��es Unidas sobre Desenvolvimento Sustent�vel, a Rio+20, que ocorrer� em junho na capital fluminense.
O conselheiro de Assuntos T�cnicos e Cient�ficos da Embaixada da Su�cia e chefe do escrit�rio de An�lise do Crescimento sobre Inova��o do governo sueco, Mikael Rom�n, disse que s�o necess�rias mudan�as profundas, em todos os sentidos, para chegar ao desenvolvimento sustent�vel. "Grandes mudan�as tecnol�gicas e tamb�m mudan�as de comportamento. � um sistema sociotecnol�gico inteiro que tem de ser mudado", acrescentou. Para Rom�n, essa mudan�a traz embutido o aspecto da inova��o.
Ele lembrou que a mudan�a para um mundo sustent�vel exige n�o s� o desenvolvimento tecnol�gico, obtido por meio das inven��es, mas altera��es comportamentais e da forma de fazer as coisas. “A� entra toda a discuss�o da inova��o”. A quest�o deve se basear nos pilares econ�mico, social e ambiental. ”Essa � a mensagem fundamental nessa discuss�o, e deve ser continuada”, recomendou.
Rom�n destacou que a quest�o foi levantada h� 20 anos, durante a Confer�ncia da ONU para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio92), e que agora � preciso incluir os aspectos social, “t�o importante no Brasil”, e econ�mico, “porque o mundo est� em crise”.
O conselheiro sugeriu tamb�m que, como a implementa��o das metas pol�ticas tra�adas na Rio92 n�o deu certo, deve ser colocada no debate uma quest�o complementar, referente � atua��o das pessoas e aos incentivos necess�rios para uma a��o voltada ao desenvolvimento sustent�vel. Segundo ele, o debate sobre inova��o � essencial para isso.
A Semana da Inova��o Brasil-Su�cia inclui tr�s eventos simult�neos. O primeiro � a confer�ncia Inova��o para o Desenvolvimento Sustent�vel, que reunir� no Planet�rio da G�vea, na zona sul do Rio, especialistas e autoridades dos dois pa�ses para debater modelos de inova��o e como eles podem ser implantados para garantir �s popula��es um futuro melhor.
Tamb�m no dia 28 ser� aberta no Centro Cultural Banco do Brasil, no centro da cidade, a exposi��o Su�cia Inovadora, que j� esteve nos Estados Unidos e no Canad�. A mostra,organizada pelo Instituto Sueco, ficar� aberta ao p�blico de 29 de maio a 8 de julho, seguindo depois para a China. A exposi��o apresenta problemas e solu��es inovadoras nas �reas de tecnologia limpa, tecnologias da informa��o e da comunica��o, al�m de ci�ncias da vida. O foco � o desenvolvimento sustent�vel.
O terceiro evento � a competi��o Innovation Race (Corrida de Inova��o), na qual dois times de estudantes brasileiros de n�vel superior – mestrandos e doutorandos – ter�o 72 horas para desenvolver processos, produtos e servi�os. “Durante 72 horas, eles v�o gerar o m�ximo poss�vel de inova��es que possam ser patenteadas. Ou seja, n�o basta fazer uma tecnologia interessante. � preciso ter um plano de comercializa��o, uma ideia de proteger isso como propriedade intelectual".
Uma banca de especialistas selecionar� os melhores projetos, que ser�o anunciados no dia 1º de junho. O objetivo “� mostrar que inova��o � muito mais do que tecnologia. � um time de pessoas com v�rias forma��es e capacidade colaborativa. A colabora��o � essencial”, disse Rom�n.
L�der mundial em inova��o, a Su�cia teve a capital, Estocolmo, eleita pela Uni�o Europeia como a primeira capital verde do continente. Para chegar a esse est�gio, Mikael Rom�n disse que a Su�cia contou com elementos favor�veis, que s�o a inova��o, a coopera��o e a abertura �s mudan�as internacionais. O pa�s teve que modificar o foco da produ��o, voltada at� a 1ª Guerra Mundial para as grandes empresas, e passou a investir nas pequenas e m�dias, com integra��o entre os setores acad�mico e empresarial. A constru��o de clusters (arranjos produtivos) e parques de ci�ncias foi buscada como solu��o de mercado pelo governo sueco. O esfor�o integrado contou com financiamento p�blico e privado para um objetivo comum, explicou.
O conselheiro lembrou ainda que o Brasil e a Su�cia t�m interesses comuns em v�rias �reas, como celulose, bioenergia, recursos florestais e recursos h�dricos. A Su�cia est� mais avan�ada nas �reas de telecomunica��es, inform�tica, ind�stria farmac�utica e avia��o. Rom�n observou que o Brasil � um mercado atrativo para os suecos, que t�m cerca de 200 empresas no pa�s. As rela��es bilaterais come�aram no s�culo 19. “J� h� uma liga��o estabelecida”.