Pelo menos 8 mil trabalhadores da constru��o pesada entraram em greve nesta segunda-feira em mais de duas dezenas de grandes obras em Fortaleza e interior do Cear�. A greve acontece, segundo o Sindicato da categoria, devido ao impasse pelo n�o cumprimento da data base dos oper�rios. As negocia��es acontecem desde 1� de abril, mas o acordo n�o foi celebrado. "Estamos paralisando todas as obras de mobilidade urbana e saneamento em Fortaleza, al�m das obras do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) no interior cearense", informou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Ind�stria da Constru��o Pesada, Raimundo Nonato Gomes. Somente na Regi�o Metropolitana de Fortaleza 600 trabalhadores do Trem Metropolitano de Fortaleza (Metrofor) est�o em greve desde 28 de maio. Nesta segunda-feira iniciaram a paralisa��o 400 oper�rios do Centro de Tratamento de �gua e Esgoto, da PB Constru��es. J� nas obras de Saneamento do entorno da Arena Castel�o s�o 350 trabalhadores parados. Tamb�m em greve oper�rios das empresas Delta, Canter e Getel que faziam a recupera��o da BR 222. L�, s�o 1,6 mil em greve. No Cariri Cearense. mais 1,6 mil oper�rios paralisaram as obras da transposi��o do Rio S�o Francisco, em Mauriti. Tamb�m no Cariri 200 oper�rios da empresa Coral pararam as obras de tr�s rodovia. Ainda naquela regi�o obras de tr�s barragens foram paradas por mais 200 trabalhadores. Em Ic�, a 450 quil�metros de Fortaleza, cerca de 100 trabalhadores pararam as obras de restaura��o da BR 116. Essa obra ainda � da responsabilidade da Delta Constru��es. Ao justificar a greve, Raimundo Nonato Gomes disse que quer que o Brasil cres�a, "mas que este crescimento n�o pode acontecer nas costas desses trabalhadores. Nossa luta � legitima, pois reivindicamos melhorias nas condi��es do nosso trabalho." Na pauta de reivindica��o dos oper�rios da Constru��o Pesada est�o 25% de reajuste salarial, R$ 300,00 em cesta b�sica, plano de sa�de para o trabalhador e seus dependentes, participa��o nos lucros de 440 horas; folga de campo a cada 60 dias aos trabalhadores que moram fora do Cear� e respeito � data base de abril. Nonato adiantou que os empregadores n�o apresentaram ainda nenhuma proposta e que na quarta-feira haver� uma assembleia para decidir se a greve continua. "At� quarta esperamos a apresenta��o de uma proposta patronal para definirmos o rumo do movimento", destacou o sindicalista.
NACIONAL