
Com o tema “Homofobia tem cura: educa��o e criminaliza��o – Preconceito e exclus�o, fora de cogita��o”, a 16ª edi��o da Parada do Orgulho LGBT (L�sbicas, Gays, Bissexuais e Transg�neros) de S�o Paulo tomou conta neste domingo das ruas da capital paulista. O evento teve in�cio por volta das 13h – com mais de uma hora de atraso – e percorreu as principais avenidas da cidade rumo ao Centro. Foram 3,5 quil�metros e mais de cinco horas de dura��o. O evento reuniu em torno de 3,5 milh�es de pessoas – 500 mil a menos que em 2011.
Neste ano, os organizadores da Associa��o da Parada do Orgulho GLBT (APOGLBT) refor�aram o tom pol�tico da festa. Uma das principais reivindica��es foi pela aprova��o do Projeto de Lei 122/06, que criminaliza a homofobia no Brasil. O grupo exigiu a aplica��o do projeto Escola sem Homofobia, com material did�tico voltado para professores da rede p�blica. “A parada n�o � s� festa, as pessoas precisam se manifestar politicamente. O p�blico gay tem uma maneira divertida e peculiar de fazer pol�tica”, comentou Thiago Torres, um dos produtores do evento. A relatora do projeto na Comiss�o de Direitos Humanos do Senado, Marta Suplicy (PT-SP), participou da abertura da parada gay e criticou a demora na vota��o da proposta. Apresentado em 2001, s� no Senado o texto tramita j� h� seis anos.
O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) tamb�m esteve no evento, al�m do governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), do prefeito Gilberto Kassab (PSD), do ex-ministro do Esporte Orlando Silva (PcdoB) e da pr�-candidata � Prefeitura de S�o Paulo Soninha Francine (PPS).
A parada teve 14 trios el�tricos, sendo tr�s deles comandados pela Associa��o da Parada do Orgulho LGBT. Os carros oficiais levavam mensagens contra a homofobia. O �ltimo carro defendia uma campanha a favor do casamento homossexual, com integrantes vestidos de noivos e noivas. A funkeira Valesca Popozuda foi a madrinha do evento.
SKIN-HEAD
A Pol�cia Militar disponibilizou 1,5 mil homens para garantir a seguran�a em todo o percurso. N�o houve registro de conflitos. Preocupados, os agentes barraram inicialmente a entrada de um grupo formado por 30 pessoas que se declararam skin-heads e punks contra a homofobia. Eles s� foram liberados ap�s a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intoler�ncia (Decradi) constatar que eles eram simpatizantes. Ainda de acordo com a PM, um outro grupo de skinheads foi identificado e dispersado.