A greve dos servidores t�cnico-administrativos federais da �rea da educa��o obrigou o Hospital de Cl�nicas (HC) da Universidade Federal do Paran� (UFPR) a suspender as consultas ambulatoriais eletivas a partir da pr�xima segunda-feira.
A op��o por suspender as consultas decorre do fechamento das unidades respons�veis por exames de laborat�rio, raio X, tomografia e endoscopia, entre outros. “Como os pacientes n�o t�m como fazer os seus exames, as consultas perdem efetividade”, explicou � Ag�ncia Brasil a diretora de Assist�ncia do HC da UFPR, Mari�ngela Hon�rio Pedrozo. “Na pr�tica, os pacientes, parte deles de fora de Curitiba, est�o perdendo tempo ao vir para c�.”
Aproximadamente 20% dos pacientes atendidos nessas consultas s�o oriundos de outras cidades, a maioria deles do interior do Paran�. Mesmo sem a greve, o tempo de espera por uma consulta especializada pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS) em Curitiba tem levado de tr�s meses a um ano, ou mais, segundo a dire��o do hospital.
O HC tem hoje 1,9 mil servidores da UFPR. De acordo com a dire��o do hospital, a m�dia di�ria de servidores em greve � de 300, o que equivaleria a 16% de ades�o ao movimento. “Como o hospital tem um d�ficit de 600 servidores, cada um desses 300 vale por dois, j� que fazem horas extras e plant�es”, observa Mari�ngela.
J� para a dire��o do Sinditest, entidade sindical que representa a categoria, 500 trabalhadores j� teriam aderido � greve, ou 26% do total. “O laborat�rio est� operando para atender a demanda interna, numa escala de greve para atender os pacientes j� internados”, disse a presidente do sindicato, Carla Cobalchini. “Nosso movimento s� d� publicidade a uma situa��o de demora no atendimento que j� ocorre, e � rotina. Seis meses de fila para um consulta cardiol�gica, por exemplo, resultam de um d�ficit de pessoal e de recursos financeiros.”
Iniciada no �ltimo dia 11 de junho, a paralisa��o atinge principalmente as unidades de exames de diagn�stico, al�m as �reas de urg�ncia e emerg�ncia do HC da UFPR. Cerca de 700 exames de diagn�stico deixam de ser feitos a cada dia de paralisa��o. Quatro leitos de UTI, seis de unidades semi-intensivas e cinco de pronto-atendimento tamb�m est�o fechados em decorr�ncia da greve.
O hospital recomenda que os pacientes em tratamento entrem em contato por telefone para receber orienta��es. O HC disponibilizou em seu site dezenas de n�meros para atender os pacientes. Ap�s o fim da greve, que n�o tem data para terminar, os pacientes devem reagendar suas consultas e exames, tamb�m por telefone.
Entre as reivindica��es dos servidores t�cnico-administrativos est�o reajuste salarial de 22%, isonomia de benef�cios, implanta��o de um piso equivalente a tr�s sal�rios m�nimos e cancelamento da implanta��o da Empresa Brasileira de Servi�os Hospitalares.
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