Os maiores percentuais de pessoas com defici�ncia foram encontrados entre os brasileiros que se declararam pretos ou amarelos. Em cada um desses grupos, quase tr�s em cada dez t�m algum tipo de defici�ncia, de acordo com o Censo Demogr�fico 2010 – Caracter�sticas Gerais da Popula��o, Religi�o e Pessoas com Defici�ncia, divulgado nesta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
“As pessoas que t�m menos rendimento acabam tendo menos acesso aos facilitadores, capazes de tornar a defici�ncia inexistente ou mais leve”, afirmou.
Os n�veis de rendimento mais baixos e as condi��es de vida menos favor�veis tamb�m foram apontados pela coordenadora do IBGE como explica��o para o fato de a Regi�o Nordeste concentrar os munic�pios com os maiores percentuais de popula��o com pelo menos uma das defici�ncias investigadas. Apenas no Rio Grande do Norte, 12% de seus munic�pios tinham mais de 35% de sua popula��o nessa situa��o.
Andr�a Borges destacou, no entanto, que tamb�m foram encontrados munic�pios com percentuais elevados no Sul e no Sudeste, mas por um motivo diferente. Nesses casos, a perda das capacidades auditiva, motora ou visual pode ser atribu�da ao envelhecimento da popula��o. De acordo com o levantamento, considerando todo o pa�s, quase sete em cada dez idosos (pessoas com 65 anos de idade ou mais) declararam ter alguma defici�ncia. Na outras faixas et�rias, a propor��o de pessoas com defici�ncia � bem menor: 7,5% na faixa at� 14 anos e 24,9% na que vai de 15 a 64 anos.
Segundo o documento, a popula��o feminina com alguma defici�ncia apresentou percentuais superiores para qualquer cor ou ra�a declarada, sendo que a maior diferen�a foi encontrada entre as mulheres (30,9%) e os homens (23,5%) de cor preta: 7,3 pontos percentuais. Por outro lado, entre os ind�genas, foi observada a menor diferen�a percentual entre homens (18,4%) e mulheres (21,8%)