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Estado de Minas

Supersticiosos se cercam de prote��es para encarar a sexta-feira 13

Na corrida pelo bem, valem as mais diversas crendices populares para se proteger. Figas, banhos de ervas e sal grosso s�o os mais comuns


13/07/2012 08:22 - atualizado 13/07/2012 08:35


Sexta-feira 13 �, para muitos, o dia do azar. Neste “ano do fim do mundo”, a data ocorre pela terceira vez. H� quem acredite que os males e dem�nios est�o soltos para confundir as pessoas e faz�-las mal. Na corrida pelo bem, valem as mais diversas crendices populares para se proteger. Figas, banhos de ervas e sal grosso s�o os mais comuns. Tem gente at� que n�o confia nos amuletos e prefere nem sair de casa.

As vendas nas barracas de ervas medicinais dos arredores do Mercado de S�o Jos�, em Recife, crescem cerca de 20% nesse per�odo. Manuela Nascimento, 35 anos, � dona de um ponto com artigos religiosos no mercado e confessa que n�o sai de casa depois das 18h na sexta-feira 13. “Tamb�m ando com um patu� na bolsa para me proteger do mau olhado, da inveja e dos maus fluidos. Dizem que todos os trabalhos de magia negra que s�o feitos nesse dia funcionam”. Ela tamb�m conta que j� lhe aconteceu uma fatalidade em uma sexta-feira 13. “Eu estava indo para a praia com meu marido quando ele se descontrolou e atropelou um cachorro, derrubou o muro de uma casa e acabou matando um filhotinho que estava em baixo do muro”, relembra.



Mas h� tamb�m quem n�o acredite. Maria da Concei��o Tavares, mais conhecida como Dona Ce�a, 54 anos, trabalha “desde que nasceu” vendendo ervas. Jura que n�o acredita nas crendices, mas tem na ponta da l�ngua uma “causa” que lhe aconteceu. “Eu tinha um p� de arruda lindo na minha casa. Numa sexta-feira dessas, uma mulher foi l� e olhou para a �rvore. A noite, a �rvore estava morta. Foi o olho gordo”, contou. Dona Ce�a tamb�m ensina as mais diversas receitas para o “mal”. “� s� colocar, em um copo virgem com �gua, sete pedras de sal grosso e um olho de boi”, ensinou.

Os costumes s�o repetidos por seguidores das mais diversificadas religi�es. No dia do azar, o mais popular � o banho de sete ervas com arruda, pinh�o roxo, tipi, sal de pedra, liamba, carrasco e atikum. “Tira tudo o que n�o presta e ainda evita energias negativas”, diz a vendedora. Tamb�m tem o banho de rosas brancas, que garante prote��o espiritual e o de canci�, para descarrego. Al�m disso, n�o pode faltar o milenar banho de sal grosso, para tirar o mau olhado. Para quem gosta de andar com amuletos dentro da bolsa ou da carteira, vale a figa de arruda, o olho de boi, o alho macho e o patu�. Os umbandistas, tamb�m colocam velas pretas em uma encruzilhada, para se proteger das pombajiras e dos exus. Al�m de oferendas de frutas para Oxun e arroz com ovos para Oxal�.

A coordenadora do N�cleo de Estudos Folcl�ricos Mario Souto Maior, da Funda��o Joaquim Nabuco, R�bia L�ssio, explica que supersti��es t�m ra�zes fortes. “Dentre os povos do planeta, o n�mero 13 significa sorte ou azar. Aqui no Brasil, por termos costumes advindos da Igreja Cat�lica e pensamos nele como fonte de m� sorte. Reza a lenda de que o 13º ap�stolo a sentar na mesa foi Judas. J� a sexta-feira est� associada provavelmente a cultos misteriosos medievais”, falou. “As cren�as surgem da observa��o do povo, que busca driblar a �nica certeza da vida: a morte”, falou. Ainda segundo ela, as crendices t�m propaga��o muito forte e tem o poder de serem passadas atrav�s das gera��es.

Para fazer o banho:
- Arruda
- Pinh�o roxo
- Tipi
- Sal de pedra
- Liamba
- Carrasco
- Atikum

Amuletos:
- Figa de arruda
- Olho de boi
- Alho macho
- Patu�

Outra alternativas:
Colocar velas pretas em uma encruzilhada para se proteger da pombajiras e do exu. Fazer oferendas de frutas para Oxun e arroz com ovos para Oxal�


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