(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Amaz�nia deve sofrer grande extin��o de esp�cies


postado em 13/07/2012 09:55

As piores consequ�ncias do desmatamento sofrido pela Amaz�nia ao longo de 30 anos ainda est�o por vir. At� 2050, podem ocorrer de 80% a 90% das extin��es de esp�cies de mam�feros, aves e anf�bios esperadas nos locais onde j� foi perdida a vegeta��o. A boa not�cia � que temos tempo para agir e evitar que elas de fato desapare�am. Essa � a conclus�o de uma pesquisa publicada na edi��o desta semana da revista Science.

Um trio de pesquisadores da Gr�-Bretanha e dos Estados Unidos considerou as taxas de desmate na regi�o de 1978 a 2008 e levou em conta a rela��o entre esp�cies e �rea - se o h�bitat diminui, � de se esperar que o total de esp�cies que ali vivem diminua, ao menos localmente.

Acontece que os animais t�m mobilidade, podem migrar para locais vizinhos ao degradado. L� v�o tentar sobreviver, competindo por recursos com animais que j� estavam no local, de modo que o desaparecimento n�o � imediato, podendo levar d�cadas para se concretizar.

� essa diferen�a, que os pesquisadores chamam de "d�bito de extin��o", que foi calculada no trabalho. Grosso modo, � uma d�vida que teria de ser "paga" - em esp�cies animais - pelo desmatamento do passado. A ideia por tr�s do termo � tanto mostrar o que poderia acontecer se simplesmente o processo de extin��o seguisse o seu rumo, quanto estimar qual pode ser o destino dessas esp�cies que dependem da floresta, considerando outros cen�rios de a��es.

Mas em vez de calcular para toda a Amaz�nia - o que seria problem�tico, porque h� uma diferen�a de riqueza de biodiversidade no bioma -, os autores mapearam os nove Estados em quadros de 50 quil�metros quadrados, a fim de estimar os impactos locais. Uma esp�cie pode deixar de ocorrer em uma dada �rea, mas isso n�o significa que ela desapareceu por completo.

Tanto que a literatura ainda n�o aponta a extin��o de nenhuma esp�cie na Amaz�nia, explica o ec�logo Robert Ewers, do Imperial College, de Londres, que liderou o estudo. "Uma raz�o para isso � que o desmatamento se concentrou no sul e no leste na Amaz�nia enquanto a mais alta diversidade de esp�cies se encontra no oeste da regi�o. Mas n�o h� d�vida de que muitas est�o localmente extintas onde o desmatamento foi mais pesado."

Na pior hip�tese, a do "business as usual", considera-se a continuidade do modelo da expans�o da agricultura; na melhor, que o desmatamento zere at� 2020. Os pesquisadores prop�em, no entanto, que o cen�rio mais realista � o que considera a perman�ncia da governan�a, ou seja, das a��es governamentais que levaram � queda do desmatamento nos �ltimos anos.

Mas mesmo nessa situa��o � de se esperar que esp�cies sumam. Em 2050, os pesquisadores estimam que localmente (nos quadros de 50 km² podem desaparecer de 6 a 12 esp�cies de mam�feros, aves e anf�bios em m�dia; enquanto de 12 a 19 podem entrar na conta do que pode ser extinto nos anos seguintes.

Eles refor�am que isso ainda n�o aconteceu e defendem que a��es que aumentem as unidades de conserva��o e promovam a restaura��o de �reas degradadas t�m potencial de evitar o danos. Os mapas mostram em quais �reas esse esfor�o poderia promover mais benef�cios.

Em outro artigo na Science que comenta o trabalho, Thiago Rangel da Universidade Federal de Goi�s, pondera que a conjuntura atual � incerta. "O governo vai investir pesado em infraestrutura, est�o previstas 22 hidrel�tricas de grande porte est�o sendo reduzidas as unidades de conserva��o e o C�digo Florestal vai ficar mais frouxo. A trajet�ria dos dez anos que passaram dava uma sinaliza��o otimista, mas s�o os pr�ximos dez anos que v�o dizer o que vai acontecer."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)