Pol�cia identifica quatro suspeitos do assassinato de soldado no Complexo do Alem�o

Rio – A Pol�cia Militar informou ontem que identificou quatro criminosos que participaram do ataque � Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) Nova Bras�lia e do assassinato da soldado Fabiana Aparecida de Souza, na segunda-feira. Segundo a Coordenadoria de Intelig�ncia da corpora��o, todos s�o ligados a fac��es que dominavam o Complexo do Alem�o. S�o eles Fernando C�zar Batista Filho, o Alem�o; Alan Ferreira Montenegro, o Da Lua; Ilan Nogueira Sales, o Capoeira; e Regis Eduardo Batista, o RG.

Policiais da UPP fizeram incurs�o a p� e de moto nos becos da comunidade. Foram apreendidos dezenas de papelotes de coca�na, crack e maconha, al�m de grande quantidade de dinheiro na comunidade conhecida como Coqueirinho, nas proximidades da Favela Nova Bras�lia.

“O que os criminosos fizeram no Alem�o foi um atentado � sociedade carioca. Mais uma vez um grupo de marginais tenta atacar a sociedade. Mas eles receber�o uma resposta dura do governo”, afirmou o major Ivan Blaz, rela��es-p�blicas do Batalh�o de Opera��es Especiais (Bope).

O corpo da policial foi enterrado ontem em Valen�a, no interior do estado. Com honras militares, o vel�rio foi acompanhado por parentes, amigos e autoridades da PM. Por volta das 9h, o caix�o desceu � capela, seguido por policiais e colegas da soldado. A banda marcial da PM e uma salva de tr�s tiros fizeram as honras militares ao cortejo. P�talas de rosa foram jogadas de helic�ptero ao fim da cerim�nia, sob aplausos de familiares.

Muito abalada e amparada por colegas, a irm� da soldado, a tamb�m policial Luciana Souza, n�o falou com a imprensa. O coronel Erir Costa Filho lamentou a morte da PM, mas n�o quis comentar as investiga��es e a pris�o de suspeitos. “Foi uma perda irrepar�vel para a PM e para o estado. Toda perda � dif�cil, mas perder uma policial feminina � ainda mais emblem�tico e mais triste”, disse Costa Filho.

DILMA

Pela primeira vez, um presidente da Rep�blica emitiu nota lamentando a morte de um policial em servi�o. No comunicado sobre a morte da soldado, Dilma Rousseff chama a policial de hero�na e diz que sua morte “deixa a marca de uma trag�dia pessoal, para sua fam�lia, e de um sacrif�cio na luta incessante pela consolida��o da paz”. Para Dilma, Fabiana “abra�ou essa causa e deixou a certeza de que outros bra�os a suceder�o, com o mesmo empenho, para consolidar cada vez mais o sucesso das UPPs”.

Aumento O prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou ontem, em visita ao conjunto de favelas do Alem�o, que vai aumentar em 50% a gratifica��o que o munic�pio paga para policiais das UPPs). Paes disse que esse aumento, de R$ 500 para R$ 750, j� tinha sido discutido com o secret�rio de Seguran�a P�blica, Jos� Mariano Beltrame, e que a morte da soldado Fabiana Souza foi emblem�tica para corroborar a decis�o.

Segundo ele, com o aumento da gratifica��o, a prefeitura vai gastar mais R$ 15 milh�es por ano. Atualmente, o munic�pio arca com uma despesa de R$ 30 milh�es com o pagamento aos policiais. “Essa � uma despesa que a cidade vai pagar feliz, porque � o custo da paz e da tranquilidade. Esses policiais representam muito para a cidade. Temos uma enorme gratid�o com eles”, disse.