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Estado de Minas

Inc�ndios florestais revelam estado de desobedi�ncia civil, diz pesquisador do Inpe


postado em 03/08/2012 17:22

A defici�ncia da fiscaliza��o, associada aos efeitos do clima e aos aspectos econ�micos, vem agravando ainda mais o cen�rio de inc�ndios nos biomas brasileiros este ano, avaliou hoje o coordenador do Monitoramento de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Alberto Setzer.

Imagens captadas por sat�lites do Inpe apontam que, de janeiro at� hoje, foram identificadas 32,6 mil ocorr�ncias de focos de inc�ndio no pa�s. O n�mero � 61% maior que o registrado no mesmo per�odo do ano passado.

E as previs�es para as pr�ximas semanas n�o favorecem a mudan�a desse cen�rio. Em algumas regi�es do Brasil Central, as temperaturas devem se manter acima dos 30º graus Celsius e a umidade relativa do ar, abaixo de 40%.

“Todas as queimadas s�o proibidas. Alguns estados t�m leis mais r�gidas em rela��o ao problema, como o Acre e Mato Grosso. Ainda assim, Mato Grosso est� cheio de focos de inc�ndio, o que indica que a fiscaliza��o n�o est� ocorrendo como deveria. Quando a fiscaliza��o � mais efetiva, os registros de queimadas caem”, disse Setzer, lembrando que a fiscaliza��o pode ser atribui��o da Uni�o, dos estados ou do munic�pio.

O pesquisador do Inpe descreve a situa��o como “um estado de desobedi�ncia civil”. Segundo ele, as leis ambientais s�o claras e completas, mas n�o s�o cumpridas na pr�tica. “Assim como aconteceu na Amaz�nia com o desmatamento, onde mais de 90% do desmatamento da regi�o foram ilegais. Tem que ter a dobradinha educa��o com fiscaliza��o”, defendeu.

No contexto nacional, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis (Ibama) � o respons�vel pela fiscaliza��o. Procurado pela Ag�ncia Brasil, o �rg�o ainda n�o se manifestou.

Nas �ltimas 24 horas, 72 unidades de conserva��o foram atingidas. Desse total, 16 s�o �reas federais, 15 estaduais e 37 territ�rios da Funda��o Nacional do �ndio (Funai). A subordina��o das outras quatro ocorr�ncias n�o foi identificada.

De acordo com Christian Niel Berlinck, coordenador de Emerg�ncias Ambientais do Instituto Chico Mendes de Conserva��o da Biodiversidade (ICMBio), das 312 unidades de conserva��o que existem hoje, 100 s�o consideradas priorit�rias para as quest�es de inc�ndios florestais. “Nestas unidades s�o realizados 120 cursos anuais, capacitadas 3.600 pessoas e contratados 1.743 brigadistas”, explicou.

Entre as prioridades do �rg�o est�o a Esta��o Ecol�gica de Serra Geral do Tocantins, que abrange os munic�pios de Almas, Ponte Alta do Tocantins, Rio da Concei��o e Mateiros, no estado de Tocantins e o munic�pio de Formosa do Rio Preto, na Bahia; o Parque Nacional das Nascentes do Parana�ba, na divisa dos estados do Piau�, Maranh�o, da Bahia e do Tocantins; a Esta��o Ecol�gica de Uru�u�-Uma, que abrange os munic�pios de Baixa Grande do Ribeiro e Santa Filomena, no sudoeste do Piau�; e o Parque Nacional da Serra da Canastra, nos munic�pios de S�o Roque de Minas, Sacramento e Delfin�polis, no sudoeste de Minas Gerais.

Berlinck acrescentou que “a maioria dos inc�ndios florestais [aproximadamente 98%] tem origem antr�pica, quer por dolo ou culpa”. Ou seja, quem provoca as queimadas � o homem. Segundo ele, n�o existe possibilidade de inc�ndio natural neste per�odo do ano. “Os inc�ndios ocorrem porque o homem coloca [fogo nas matas]. Inc�ndio natural � o inc�ndio por raio, que est� associado � presen�a de nuvens e, geralmente, vem seguido de chuvas que ajudam a control�-lo, o que n�o ocorre na �poca de seca”.


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