O Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), revelou que 274 l�nguas ind�genas s�o faladas no pa�s por 37,4% �ndios com mais de 5 anos de idade, sendo que 6 mil deles falam mais de duas. A flu�ncia em pelo menos uma delas foi verificada em 57,3% dos �ndios que vivem em terras ind�genas reconhecidas. Fora delas, cai para 12,7%. O portugu�s n�o � falado por 17,5% do total, cerca de 130 mil pessoas.
De acordo com o levantamento, as regi�es com maior percentual de l�nguas ind�genas s�o a Norte - com maior n�mero de terras ind�genas reconhecidas at� o dia 31 de dezembro de 2010 - e a Centro-Oeste. A Regi�o Nordeste, com menor n�mero de terras reconhecidas, apresentou menor propor��o de falantes de l�ngua ind�genas, o que pode ser resultado da coloniza��o.
"O Nordeste foi a primeira �rea de desembarque dos colonizadores no pa�s que proibiram os �ndios de falar suas l�nguas e impuseram a escravid�o. Foi essa regi�o que recebeu a frota de Cabral, que teve a primeira capital, os primeiros engenhos", lembrou o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Jo�o Pacheco de Oliveira.
A presidenta da Funda��o Nacional do �ndio (Funai), Maria Azevedo, disse que j� existe um esfor�o de valoriza��o da l�ngua ind�gena por meio da educa��o. E que os dados in�ditos do Censo 2010 favorecer�o estrat�gias para mant�-las em pr�tica. "Os dados d�o instrumentos para que os pr�prios ind�genas possam reivindicar pol�ticas com rela��o �s suas l�nguas", disse.
As etnias ind�genas mais numerosas e a maior parte dos �ndios que ainda falam l�ngua pr�pria est�o concentradas em terras ind�genas reconhecidas pelo governo, segundo o censo. Ao todo, vivem nessas �reas 571 mil �ndios de 250 etnias, de um total de 896 mil.
Para a pesquisa, o IBGE contou com uma lista de mais de 500 nomes de etnias, catalogados por especialistas e pela Funda��o Nacional do �ndio (Funai). Ao fazer as entrevistas, o instituto encontrou representantes de povos que se supunham desaparecidos, como os Tamoios, tradicionais do Sudeste, e confirmou a preval�ncia de outros, como os Charru�s, no Sul, possivelmente oriundos da Argentina.
Outro dado que reflete mais prote��o aos �ndios nas aldeias � o n�mero de indiv�duos. Fora delas, prevalecia a concentra��o de etnias com at� 50 pessoas. Mas dentro, o censo confirmou a exist�ncia de grupos entre 251 a 500 �ndios, com m�dia de at� 17,4 anos. Fora das terras, tamb�m estava a maioria dos 16,4% dos �ndios que n�o sabiam sua etnia, com at� 29,2 anos.
Das 15 etnias com maior n�mero de ind�genas, a Tik�na (AM) se destaca, com 46 mil indiv�duos, e "teve o resultado influenciado pelos 85,5% residentes nas terras ind�genas", conforme o IBGE.
De acordo com o levantamento, as regi�es com maior percentual de l�nguas ind�genas s�o a Norte - com maior n�mero de terras ind�genas reconhecidas at� o dia 31 de dezembro de 2010 - e a Centro-Oeste. A Regi�o Nordeste, com menor n�mero de terras reconhecidas, apresentou menor propor��o de falantes de l�ngua ind�genas, o que pode ser resultado da coloniza��o.
"O Nordeste foi a primeira �rea de desembarque dos colonizadores no pa�s que proibiram os �ndios de falar suas l�nguas e impuseram a escravid�o. Foi essa regi�o que recebeu a frota de Cabral, que teve a primeira capital, os primeiros engenhos", lembrou o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Jo�o Pacheco de Oliveira.
A presidenta da Funda��o Nacional do �ndio (Funai), Maria Azevedo, disse que j� existe um esfor�o de valoriza��o da l�ngua ind�gena por meio da educa��o. E que os dados in�ditos do Censo 2010 favorecer�o estrat�gias para mant�-las em pr�tica. "Os dados d�o instrumentos para que os pr�prios ind�genas possam reivindicar pol�ticas com rela��o �s suas l�nguas", disse.
As etnias ind�genas mais numerosas e a maior parte dos �ndios que ainda falam l�ngua pr�pria est�o concentradas em terras ind�genas reconhecidas pelo governo, segundo o censo. Ao todo, vivem nessas �reas 571 mil �ndios de 250 etnias, de um total de 896 mil.
Para a pesquisa, o IBGE contou com uma lista de mais de 500 nomes de etnias, catalogados por especialistas e pela Funda��o Nacional do �ndio (Funai). Ao fazer as entrevistas, o instituto encontrou representantes de povos que se supunham desaparecidos, como os Tamoios, tradicionais do Sudeste, e confirmou a preval�ncia de outros, como os Charru�s, no Sul, possivelmente oriundos da Argentina.
Outro dado que reflete mais prote��o aos �ndios nas aldeias � o n�mero de indiv�duos. Fora delas, prevalecia a concentra��o de etnias com at� 50 pessoas. Mas dentro, o censo confirmou a exist�ncia de grupos entre 251 a 500 �ndios, com m�dia de at� 17,4 anos. Fora das terras, tamb�m estava a maioria dos 16,4% dos �ndios que n�o sabiam sua etnia, com at� 29,2 anos.
Das 15 etnias com maior n�mero de ind�genas, a Tik�na (AM) se destaca, com 46 mil indiv�duos, e "teve o resultado influenciado pelos 85,5% residentes nas terras ind�genas", conforme o IBGE.
“Os dados apontam que nessas �reas eles t�m mais condi��es de manter suas tradi��es culturais, costumes e sua pr�pria condi��o de exist�ncia”, afirmou a respons�vel pela pesquisa do IBGE, Nilza Pereira. “Existe uma maior preserva��o da organiza��o social, com certeza’, refor�ou.
Das 505 terras consideradas nas pesquisas, apenas seis tinham mais de 10 mil �ndios. Em 107, a popula��o varia de mil a 10 mil e em 291, tinham entre 100 e mil �ndios.
Rendimento
O IBGE constatou que 83% dos �ndios no pa�s, com 10 anos ou mais, recebem at� um sal�rio m�nimo ou n�o t�m rendimento.