A pol�mica em torno do parto domiciliar ganhou um ingrediente nesta sexta-feira. O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou um documento endere�ado a m�dicos e sociedade recomendando que partos sejam feitos em ambiente hospitalar. Para a entidade, a op��o � mais segura tanto para a crian�a quanto para o beb�.
O documento n�o � de cumprimento obrigat�rio e tem um tom mais brando quando comparado ao estopim de toda a discuss�o: uma resolu��o do Conselho Regional de Medicina do Rio, editada h� duas semanas, proibindo a participa��o de m�dicos em partos domiciliares e nas equipes de sobreaviso.
A medida, suspensa por uma liminar poucos dias depois, numa a��o civil p�blica proposta pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio, provocou uma imediata rea��o de grupos que defendem o parto humanizado. Passeatas, muitas tendo na linha de frente gestantes foram feitas em v�rios pontos do Pa�s. Na quinta-feira, o Conselho Nacional de Sa�de aprovou tamb�m um texto, criticando a tentativa de restri��o e defendendo a liberdade tanto de mulheres quanto de m�dicos e demais profissionais de sa�de em fazer o parto em casa.
"Esse documento � mais ponderado, reflete o que n�s defendemos", afirmou o secret�rio de Assist�ncia do Minist�rio da Sa�de, Helv�cio Miranda. Ele lembra que 98% dos partos do Pa�s s�o hospitalares. "O que temos de fazer � humanizar o atendimento, garantir � gestante analgesia, acompanhante, condi��es mais adequadas no atendimento", completou. Miranda acrescenta, por�m, que em regi�es mais afastadas do Pa�s h� uma tradi��o do parto domiciliar, que tem de ser respeitada. "O parto com enfermeira obstetriz � legal, � reconhecido, n�o h� raz�o para que ele n�o seja feito tamb�m", disse.
A presidente do Conselho Federal de Enfermagem, M�rcia Krempel, avalia que a decis�o de como o parto dever� ser realizado cabe � mulher. "Essa n�o � uma decis�o irrespons�vel, tomada na �ltima hora. H� toda uma prepara��o do ambiente onde o procedimento ser� feito, da mulher. Tamb�m nos preocupamos em garantir a seguran�a da gestante e da crian�a", observou.
O corregedor do CFM Jos� Fernando Maia Vinagre afirmou que a recomenda��o aos m�dicos foi baseada em estudos indicando que, no parto domiciliar, h� um risco maior de complica��es. "O parto � um ato natural, mas h� riscos de complica��es, que podem ser catastr�ficas se n�o houver uma equipe de retaguarda". Vinagre reconhece, no entanto, que se o pr�-natal � feito de forma correta e se o parto contar com equipe de apoio, boa parte dos problemas pode ser evitada. "Mas n�o h� d�vida de que o hospital oferece um ambiente mais seguro".
O secret�rio do Minist�rio da Sa�de, no entanto, n�o tem a mesma convic��o. "O hospital s� � mais seguro se a estrutura for adequada", disse. Mas Miranda lembra n�o ser incomum falhas no atendimento. "A mulher tem de ser acompanhada com frequ�ncia pelo m�dico, mas nem sempre isso acontece". Com isso, sangramentos e outras complica��es n�o s�o identificadas no momento certo, o que eleva o risco de todo o procedimento. Vinagre afirma que m�dicos que optarem pelo parto domiciliar n�o ser�o repreendidos. "Isso n�o est� em discuss�o. O m�dico tem autonomia e tem de decidir com a paciente a melhor conduta a ser adotada".
O documento n�o � de cumprimento obrigat�rio e tem um tom mais brando quando comparado ao estopim de toda a discuss�o: uma resolu��o do Conselho Regional de Medicina do Rio, editada h� duas semanas, proibindo a participa��o de m�dicos em partos domiciliares e nas equipes de sobreaviso.
A medida, suspensa por uma liminar poucos dias depois, numa a��o civil p�blica proposta pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio, provocou uma imediata rea��o de grupos que defendem o parto humanizado. Passeatas, muitas tendo na linha de frente gestantes foram feitas em v�rios pontos do Pa�s. Na quinta-feira, o Conselho Nacional de Sa�de aprovou tamb�m um texto, criticando a tentativa de restri��o e defendendo a liberdade tanto de mulheres quanto de m�dicos e demais profissionais de sa�de em fazer o parto em casa.
"Esse documento � mais ponderado, reflete o que n�s defendemos", afirmou o secret�rio de Assist�ncia do Minist�rio da Sa�de, Helv�cio Miranda. Ele lembra que 98% dos partos do Pa�s s�o hospitalares. "O que temos de fazer � humanizar o atendimento, garantir � gestante analgesia, acompanhante, condi��es mais adequadas no atendimento", completou. Miranda acrescenta, por�m, que em regi�es mais afastadas do Pa�s h� uma tradi��o do parto domiciliar, que tem de ser respeitada. "O parto com enfermeira obstetriz � legal, � reconhecido, n�o h� raz�o para que ele n�o seja feito tamb�m", disse.
A presidente do Conselho Federal de Enfermagem, M�rcia Krempel, avalia que a decis�o de como o parto dever� ser realizado cabe � mulher. "Essa n�o � uma decis�o irrespons�vel, tomada na �ltima hora. H� toda uma prepara��o do ambiente onde o procedimento ser� feito, da mulher. Tamb�m nos preocupamos em garantir a seguran�a da gestante e da crian�a", observou.
O corregedor do CFM Jos� Fernando Maia Vinagre afirmou que a recomenda��o aos m�dicos foi baseada em estudos indicando que, no parto domiciliar, h� um risco maior de complica��es. "O parto � um ato natural, mas h� riscos de complica��es, que podem ser catastr�ficas se n�o houver uma equipe de retaguarda". Vinagre reconhece, no entanto, que se o pr�-natal � feito de forma correta e se o parto contar com equipe de apoio, boa parte dos problemas pode ser evitada. "Mas n�o h� d�vida de que o hospital oferece um ambiente mais seguro".
O secret�rio do Minist�rio da Sa�de, no entanto, n�o tem a mesma convic��o. "O hospital s� � mais seguro se a estrutura for adequada", disse. Mas Miranda lembra n�o ser incomum falhas no atendimento. "A mulher tem de ser acompanhada com frequ�ncia pelo m�dico, mas nem sempre isso acontece". Com isso, sangramentos e outras complica��es n�o s�o identificadas no momento certo, o que eleva o risco de todo o procedimento. Vinagre afirma que m�dicos que optarem pelo parto domiciliar n�o ser�o repreendidos. "Isso n�o est� em discuss�o. O m�dico tem autonomia e tem de decidir com a paciente a melhor conduta a ser adotada".