H� um ano, a ju�za da 4ª Vara Criminal de S�o Gon�alo Patr�cia Acioli foi assassinada na porta de casa, em Niter�i, Rio de Janeiro. Ela era conhecida pelas a��es de repress�o ao crime organizado. O assassinato de Patr�cia gerou como��o nacional e rea��es de magistrados em todo pa�s.
Na ocasi�o da morte da ju�za, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou o epis�dio como “extremamente grave”, pois, segundo ele, foi um ataque direto �queles que tentam conter a criminalidade no pa�s. A Associa��o dos Ju�zes Federais do Brasil (Ajufe) promoveu manifesta��es em defesa de mais seguran�a para os magistrados.
Um dia depois da morte de Patr�cia, no site do Tribunal de Justi�a do Rio de Janeiro (TJRJ), o presidente do tribunal, Manoel Alberto Reb�lo dos Santos, tamb�m manifestou sua indigna��o e disse que o crime n�o ficaria impune. Ele afirmou ainda que Patr�cia Acioli nunca pediu seguran�a, embora o regulamento do TJRJ determine, desde 1998, que os ju�zes requisitem seguran�a caso se sintam amea�ados.
Santos contou que, por iniciativa do TJRJ, a magistrada teve seguran�a total, feita por tr�s policiais, por 24 horas, entre 2002 e 2007. A seguran�a foi reduzida para um policial em 2007, quando a ju�za considerou que a escolta n�o era mais necess�ria.
De acordo com as investiga��es sobre o crime, Patr�cia Acioli era tida como ju�za linha-dura, por aplicar penas rigorosas contra traficantes de drogas e policiais acusados de corrup��o. A posi��o assumida por ela gerou v�rias amea�as de morte, segundo seus parentes e amigos.
Por volta das 23h30 do dia 11 de agosto de 2011, uma quinta-feira, a ju�za foi morta na porta de casa, no bairro de Piratininga, regi�o oce�nica de Niter�i, por dois homens encapuzados. Eles estavam em duas motos. Patr�cia Acioli voltava do F�rum de S�o Gon�alo, que fica na regi�o metropolitana do Rio. Ela foi assassinada com 21 tiros.
Ao assumir o lugar da colega, o juiz F�bio Uch�a avisou que n�o daria tr�gua a policiais envolvidos em crimes. Segundo ele, o funcion�rio p�blico que aproveita de sua fun��o para praticar um crime deve ser punido “com mais rigor”. Ele foi designado para a fun��o quatro dias depois da morte da magistrada.
Patr�cia Acioli tinha 47 anos e deixou tr�s filhos. Ela ingressou na magistratura do Rio em 1992 e foi promovida para a 4ª Vara Criminal de S�o Gon�alo em 1999.