A Rua Oscar Freire, nos Jardins, zona sul de S�o Paulo, parou na sexta-feira por causa de um assalto a uma joalheria quase na esquina com a Rua Haddock Lobo. Uma empres�ria que havia sido feita ref�m no bairro do Morumbi, e acreditava ter explosivos amarrados ao corpo, foi obrigada por bandidos a entrar na loja para roubar joias. Os criminosos monitoraram a a��o por telefone. Um integrante da quadrilha levou a sacola com os objetos roubados e fugiu. Ningu�m foi preso.
A a��o na Oscar Freire aconteceu por volta das 13 horas. No momento do assalto, havia quatro funcion�rios e dois clientes na joalheria. A empres�ria M�rcia Pellegrini, de 31 anos, foi capturada quando ia buscar os filhos na escola. Segundo ela, dois homens fecharam seu carro, um Volkswagen Jetta, entraram no ve�culo e a for�aram a vestir um colete que teria explosivos. Durante o trajeto, eles a orientaram a entregar uma caixa com mais explosivos para os vendedores da joalheria. A empres�ria foi abordada �s 11 horas e circulou pela cidade com os bandidos at� as 13 horas.
Segundo a pol�cia, outros dois carros acompanharam o Jetta. De acordo com a v�tima, o grupo era formado por oito pessoas. Ela n�o chegou a ver nenhum deles armado.
M�rcia foi orientada a dar o n�mero de seu celular aos criminosos e foi deixada a alguns metros da entrada da joalheria Guerreiro. Assim que entrou na loja, o telefone tocou e os criminosos a mandaram passar o aparelho para um dos vendedores. Segundo a gerente da loja, Lilian Gomes de Almeida, de 36 anos, M�rcia estava assustada e disse que seria morta caso elas n�o a ajudassem. As vendedoras obedeceram e entregaram pe�as de ouro, que foram colocadas em uma sacola.
A a��o durou menos de cinco minutos. Ao sair da joalheria, a empres�ria foi at� a Rua Haddock Lobo, onde um integrante da quadrilha a abordou, pegou a sacola e disse para ela continuar colaborando. Depois disso, ela ficou mais tr�s minutos im�vel, com medo de uma explos�o. S� depois que um dos criminosos disse por telefone que a bomba estava desarmada � que ela gritou e pediu socorro.
A PM foi chamada e acionou a equipe antibombas do Grupo de A��es T�ticas Especiais (Gate). Tanto a caixa que havia sido deixada na loja quanto o dispositivo que M�rcia tinha amarrado � cintura foram detonados. Por causa do bloqueio, o tr�nsito da Haddock Lobo ficou complicado, com reflexo na Avenida Paulista.
O roubo fez com que as demais lojas da rua ficassem vazias pelo resto do dia. “� um perigo! Eles est�o nos roubando com bombas agora. Imagina se isso explode. Um horror”, disse a comerciante L�cia Agostino, de 27 anos. O delegado Rog�rio de Camargo, do 78º Distrito Policial, disse que somente a bomba deixada na loja tinha p�lvora. At� o come�o da noite de sexta-feira a pol�cia n�o tinha divulgado pistas sobre o grupo.