O terceiro inc�ndio em menos de oito dias em favelas paulistanas deixou mais 163 fam�lias desabrigadas, cerca de 600 pessoas, segundo informa��es da Defesa Civil do munic�pio. O fogo consumiu ontem, no in�cio da noite, quase todos os barracos localizados na Rua Capit�o Pacheco Chaves, no bairro Vila Prudente, restando apenas 400 metros quadrados dos 2,8 mil que formavam a comunidade.
As fam�lias afetadas passaram a noite em um galp�o da escola de samba do bairro e hoje pela manh� ainda aguardavam kits de emerg�ncia que seriam fornecidos pela prefeitura, como colch�es, cobertores e cesta b�sica.
A Defesa Civil informou que, ap�s avalia��o de engenheiros, o local continuar� interditado por apresentar riscos aos moradores. Por volta de meio-dia, algumas pessoas foram liberadas pela Pol�cia Militar para entrar o local e retirar m�veis e eletrodom�sticos que resistiram ao fogo. A per�cia esteve na comunidade pela manh�, mas n�o informou a causa do acidente.
Giov�nio Queiroz da Silva, de 23 anos, estava em casa com a esposa e o filho de apenas dois meses de idade, quando o barraco de madeira foi rapidamente tomado pelas chamas. “S� deu tempo de salvar nosso filho e pegar uma maleta com os documentos”, relembra. A fam�lia de Giov�nio abrigou-se na casa de parentes, mas ele permaneceu local para aguardar orienta��o da prefeitura. “Assim que o local for liberado, vou reconstruir nossa casa, mas o ideal � que a gente nem precisasse voltar pra c�”, relatou.
As fam�lias que se abrigaram no galp�o reclamam a falta dos kits de emerg�ncia que normalmente s�o distribu�dos pela administra��o municipal nesses casos. “Estamos recebendo doa��es de supermercados pr�ximos daqui e moradores de comunidades pr�ximas vieram cozinhar pra gente. Ainda estamos aguardando uma ajuda do governo”, relatou a moradora Bruna Bezerra, de 22 anos, que fugiu do fogo com dois filhos, de 2 e 3 anos.
O mesmo drama foi vivenciado na sexta-feira (17) passada por moradores da favela do Are�o, nas proximidades da Ponte dos Rem�dios, na Marginal Pinheiros. A Ag�ncia Brasil retornou ao local hoje e constatou que os alicerces das novas casas j� est�o sendo implantados pelos moradores no mesmo local. “N�o temos pra onde ir. Por enquanto, a gente fica na casa de amigos e parentes, mas precisamos reconstruir nossas casas”, disse a dona de casa Damiana da Silva, de 37 anos.
A dom�stica S�nia Gomes da Silva, de 47 anos, conta que o material para reerguer sua casa foi todo doado pela igreja que frequenta. “N�o recebemos nenhuma ajuda. Tudo que temos � doa��o de parentes, irm�os da igreja ou empresas”, relata. A alimenta��o dos moradores desabrigados est� sendo providenciada por vizinhos, que preparam tr�s refei��es di�rias. “Precisamos nos ajudar”, disse a moradora Ana Dirce dos Santos, de 52 anos, que est� � frente da a��o.
As dificuldades levaram os moradores do Are�o a recriarem, na �ltima ter�a-feira (21), a associa��o comunit�ria. “Para al�m do inc�ndio, temos muitas dificuldades e precisamos nos organizar. N�o queremos sair daqui, mas precisamos de melhores condi��es de vida. Tem esgoto a c�u aberto e muitas crian�as circulam por este local”, relata Ana Dirce.
A Ag�ncia Brasil entrou em contato com a Prefeitura de S�o Paulo para repercutir as queixas dos moradores das duas favelas citadas, mas at� a publica��o da reportagem n�o recebeu retorno.
At� o dia 14 de agosto, a Defesa Civil tinha registrado 24 grandes inc�ndios em favelas de S�o Paulo este ano. Os inc�ndios s�o alvos, inclusive, de investiga��o da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) dos Inc�ndios em Favelas da C�mara Municipal de S�o Paulo. Instalada em abril, a comiss�o investiga as causas e responsabilidades sobre os incidentes, que movimentos sociais e lideran�as comunit�rias dizem ter origem criminosa.
Segundo o Corpo de Bombeiros, entre 2007 e 2011 ocorreram 262 inc�ndios em favelas da cidade de S�o Paulo. Na maior parte dos casos, n�o foi poss�vel determinar a origem do fogo porque os inqu�ritos policiais n�o s�o conclusivos. Os dados fazem parte das informa��es recebidas pela CPI dos Inc�ndios em Favelas.
As fam�lias afetadas passaram a noite em um galp�o da escola de samba do bairro e hoje pela manh� ainda aguardavam kits de emerg�ncia que seriam fornecidos pela prefeitura, como colch�es, cobertores e cesta b�sica.
A Defesa Civil informou que, ap�s avalia��o de engenheiros, o local continuar� interditado por apresentar riscos aos moradores. Por volta de meio-dia, algumas pessoas foram liberadas pela Pol�cia Militar para entrar o local e retirar m�veis e eletrodom�sticos que resistiram ao fogo. A per�cia esteve na comunidade pela manh�, mas n�o informou a causa do acidente.
Giov�nio Queiroz da Silva, de 23 anos, estava em casa com a esposa e o filho de apenas dois meses de idade, quando o barraco de madeira foi rapidamente tomado pelas chamas. “S� deu tempo de salvar nosso filho e pegar uma maleta com os documentos”, relembra. A fam�lia de Giov�nio abrigou-se na casa de parentes, mas ele permaneceu local para aguardar orienta��o da prefeitura. “Assim que o local for liberado, vou reconstruir nossa casa, mas o ideal � que a gente nem precisasse voltar pra c�”, relatou.
As fam�lias que se abrigaram no galp�o reclamam a falta dos kits de emerg�ncia que normalmente s�o distribu�dos pela administra��o municipal nesses casos. “Estamos recebendo doa��es de supermercados pr�ximos daqui e moradores de comunidades pr�ximas vieram cozinhar pra gente. Ainda estamos aguardando uma ajuda do governo”, relatou a moradora Bruna Bezerra, de 22 anos, que fugiu do fogo com dois filhos, de 2 e 3 anos.
O mesmo drama foi vivenciado na sexta-feira (17) passada por moradores da favela do Are�o, nas proximidades da Ponte dos Rem�dios, na Marginal Pinheiros. A Ag�ncia Brasil retornou ao local hoje e constatou que os alicerces das novas casas j� est�o sendo implantados pelos moradores no mesmo local. “N�o temos pra onde ir. Por enquanto, a gente fica na casa de amigos e parentes, mas precisamos reconstruir nossas casas”, disse a dona de casa Damiana da Silva, de 37 anos.
A dom�stica S�nia Gomes da Silva, de 47 anos, conta que o material para reerguer sua casa foi todo doado pela igreja que frequenta. “N�o recebemos nenhuma ajuda. Tudo que temos � doa��o de parentes, irm�os da igreja ou empresas”, relata. A alimenta��o dos moradores desabrigados est� sendo providenciada por vizinhos, que preparam tr�s refei��es di�rias. “Precisamos nos ajudar”, disse a moradora Ana Dirce dos Santos, de 52 anos, que est� � frente da a��o.
As dificuldades levaram os moradores do Are�o a recriarem, na �ltima ter�a-feira (21), a associa��o comunit�ria. “Para al�m do inc�ndio, temos muitas dificuldades e precisamos nos organizar. N�o queremos sair daqui, mas precisamos de melhores condi��es de vida. Tem esgoto a c�u aberto e muitas crian�as circulam por este local”, relata Ana Dirce.
A Ag�ncia Brasil entrou em contato com a Prefeitura de S�o Paulo para repercutir as queixas dos moradores das duas favelas citadas, mas at� a publica��o da reportagem n�o recebeu retorno.
At� o dia 14 de agosto, a Defesa Civil tinha registrado 24 grandes inc�ndios em favelas de S�o Paulo este ano. Os inc�ndios s�o alvos, inclusive, de investiga��o da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) dos Inc�ndios em Favelas da C�mara Municipal de S�o Paulo. Instalada em abril, a comiss�o investiga as causas e responsabilidades sobre os incidentes, que movimentos sociais e lideran�as comunit�rias dizem ter origem criminosa.
Segundo o Corpo de Bombeiros, entre 2007 e 2011 ocorreram 262 inc�ndios em favelas da cidade de S�o Paulo. Na maior parte dos casos, n�o foi poss�vel determinar a origem do fogo porque os inqu�ritos policiais n�o s�o conclusivos. Os dados fazem parte das informa��es recebidas pela CPI dos Inc�ndios em Favelas.