Organiza��es sociais promoveram neste domingo (26) a 8ª A��o L�sbica do Distrito Federal para conscientizar as mulheres a respeito da Lei Maria da Penha. O lema da a��o, que ocorre anualmente desde 2005, � "Lesbofobia � Viol�ncia contra as Mulheres". Em agosto, comemora-se o m�s da visibilidade l�sbica.
A manifesta��o ocorreu durante todo o dia, tendo come�ando por volta das 10h, com uma concentra��o na Asa Sul. No per�odo da tarde, foi realizado um debate sobre como anda o tratamento da viol�ncia contra l�sbicas no �mbito de institui��es p�blicas, como em delegacias, na Justi�a e nos disque-atendimentos.
At� de noite, haver� atividades como uma marcha at� o Museu Nacional, no Eixo Monumental, pr�ximo � Catedral de Bras�lia, e shows de artistas da cidade – como os DJs Enator, Tashy, HolyBitches e Pati Merenda.
A organiza��o da manifesta��o n�o tem estimativas de quantas pessoas compareceram ou ainda devem comparecer ao evento. A Ag�ncia Brasil verificou a presen�a de cerca de 60 pessoas durante a concentra��o, pouco antes do in�cio da marcha, por volta das 17h.
Durante o evento, foram distribu�das cartilhas informativas da Secretaria de Pol�ticas para as Mulheres (SPM) e do Minist�rio P�blico, contendo orienta��es contra a viol�ncia e sobre os direitos das mulheres. De acordo com uma das organizadoras da a��o, a l�sbica aut�noma Guaia Monteiro, 24 anos, � necess�rio questionar o escopo e a aplica��o da Lei Maria da Penha para casos de viol�ncia entre mulheres l�sbicas.
Em 2001, foram registrados 31 casos e, em 2012, 68 – quantidade considerada baixa. Para Guaia Monteiro, a viol�ncia existe, mas n�o � registrada como tal.
Segundo pesquisa realizada pela organiza��o n�o governamental (ONG) Coturno de V�nus – Associa��o L�sbica Feminista de Bras�lia, constatou-se que, no Distrito Federal, 59% das mais de 2 mil pessoas entrevistadas alegaram n�o saber que a Lei Maria da Penha tamb�m deve ser aplicada em casos de viol�ncia contra l�sbicas e mulheres bissexuais.
“Acontece a mesma coisa que acontecia antes dessa lei [Maria da Penha], quando havia viol�ncia dom�stica entre casais heterossexuais. Deve-se haver uma forma de registrar esse tipo de viol�ncia, de adequar o tratamento dado pela Justi�a e de alertar para o fato de que as l�sbicas tamb�m t�m o direito de ser atendidas segundo essa lei”, disse a organizadora.
A quest�o foi tratada em debate realizado durante o evento, com a participa��o do secret�rio de Direitos Humanos do DF, Gustavo Bernardes; da diretora da Coturno de V�nus, Melissa Navarro; e da coordenadora da Central de Atendimento � Mulher (o Disque 180), Clarissa Carvalho.
Tamb�m no evento, ficou dispon�vel um trailer do Programa Quero Fazer, do Minist�rio da Sa�de, financiado pelo Programa Conjunto das Na��es Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), em que ser�o feitos testes de HIV gratuitamente. O resultado sai em 15 minutos e � sigiloso. A equipe do Quero Fazer ainda tira d�vidas sobre doen�as sexualmente transmiss�veis (DST) e formas de preven��o. Hoje, foram realizados 80 atendimentos.