Exame deduz que Elize n�o agiu sozinha contra marido

Elize Ara�jo Matsunaga, de 38 anos, contou com a ajuda de pelo menos uma pessoa para esquartejar o marido. � o que indica a an�lise das amostras de sangue encontradas na cena do crime. O exame refor�a a tese da acusa��o de que ela n�o agiu sozinha ap�s matar o empres�rio Marcos Kitano Matsunaga, de 42, na noite de 19 de maio, com um tiro na cabe�a. As informa��es - presentes em um laudo do Instituto de Criminal�stica divulgado pela revista Isto � - podem causar reviravolta no caso.

Desde que confessou o crime, Elize diz ter feito tudo sozinha. O laudo � resultado de an�lises de DNA de 30 amostras de sangue colhidas no dia 6 de junho ao redor da �rea onde Matsunaga, herdeiro da empresa de alimentos Yoki, foi esquartejado. A coleta foi feita no dia da per�cia realizada no apartamento do casal, uma cobertura de luxo na Vila Leopoldina, zona oeste da capital. O documento revela que os peritos identificaram material gen�tico de um indiv�duo do sexo masculino, excluindo Marcos Matsunaga. E cita tamb�m a possibilidade de que haja sangue tamb�m de outra mulher, al�m do de Elize.

A participa��o de mais uma pessoa no crime � cogitada desde o in�cio das investiga��es, mas at� agora n�o havia ind�cio real de coautoria. Para prov�-la, no entanto, ser� preciso identificar o dono da amostra de sangue encontrada no quarto para onde a v�tima foi arrastada ap�s ser baleada, j� na madrugada de 20 de maio.

O promotor de Justi�a Jos� Carlos Cosenzo, respons�vel pelo caso diz que recebeu o relat�rio na sexta-feira e a Promotoria deve agora solicitar esclarecimentos t�cnicos aos peritos para saber se as amostras de fato colocam outra pessoa na cena do crime. "Sempre acreditamos que Elize tinha contado com a ajuda de um terceiro depois de praticar o crime. No esquartejamento, na distribui��o e acondicionamento das partes do corpo e na maquiagem feita na cena do crime."

Segundo o promotor, o fato de ainda n�o terem aparecido imagens de pessoas subindo no apartamento de Matsunaga n�o impede que terceiros tenham participado do crime. "O que sabemos � que ningu�m subiu de elevador. Mas nada impede que tenha entrado pela escada ou deixado o pr�dio dentro de um carro", diz. Ele defende que sejam feitas novas investiga��es para confirmar a hip�tese de ajuda de terceiros.

Elize est� presa em Trememb�, no interior, desde 4 de junho. R� confessa, diz que matou o marido durante discuss�o iniciada por causa da infidelidade da v�tima. O advogado dela, Luciano Santoro, n�o foi encontrado ontem.