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Estado de Minas

Brasil perde apenas para Estados Unidos em usu�rios de coca�na e crack


postado em 05/09/2012 18:33

O Brasil perdeu apenas para os Estados Unidos em n�mero de usu�rios de coca�na em p� e crack no ano de 2011. Foram 2,8 milh�es de consumidores no pa�s, contra 4,1 milh�es registrados pelo primeiro colocado, segundo a pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisa de Pol�ticas P�blicas do �lcool e Outras Drogas (Inpad) da Universidade Federal de S�o Paulo (Unifesp) divulgada hoje, na capital paulista.

Quando as duas drogas s�o consideradas isoladamente, de acordo com a pesquisa, o Brasil � o maior mercado mundial do crack e o segundo maior de coca�na. Os resultados do Levantamento Nacional de �lcool e Drogas (Lenad) foram publicados na p�gina do Inpad na internet.

Segundo o m�dico Ronaldo Laranjeira, organizador do estudo, enquanto os pa�ses desenvolvidos diminuem o consumo da droga, os emergentes como o Brasil est�o na contram�o, elevando o n�mero de usu�rios. “Isso mostra que temos uma rede de tr�fico no Brasil inteiro que sustenta quase 3 milh�es de usu�rios de coca�na e crack”, disse.

No ano passado, o consumo da coca�na intranasal (cheirada) foi mais elevado que a pulmonar (crack e oxi), com 2,3 milh�es de usu�rios adultos e 226 mil adolescentes. Na forma de crack e oxi, o n�mero de usu�rios foi de 1 milh�o de adultos e 18 mil adolescentes. De acordo com o levantamento, 17% do total de usu�rios consumiram os dois tipos de droga.

Apesar de o n�mero dos usu�rios de crack ser inferior ao da coca�na intranasal, esse � o p�blico que mais preocupa o m�dico. “� a popula��o que tradicionalmente tem uma mortalidade maior. Com certeza, 1 milh�o de usu�rios de crack � problema muito mais preocupante que [cerca de] 2 milh�es de usu�rios de coca�na”, disse Laranjeira.

De acordo com o estudo, 27% dos usu�rios dos dois tipos de coca�na – em p�, de uso nasal, e em pedra, fumada - consumiram a droga todos os dias ou ao menos duas vezes por semana, no ano passado. Quase metade (48%) foi identificada como dependente qu�mico, mas apenas 30% deles disseram ter a inten��o de interromper o uso.

Outro ponto preocupante abordado pelo relat�rio foi a idade de inicia��o. Os usu�rios que experimentaram coca�na antes dos 18 anos de idade s�o quase metade (45%). Al�m da inicia��o precoce, o acesso � droga tamb�m � facilitado, pois 78% deles consideraram f�cil encontrar o produto.

A busca pelo tratamento entre os usu�rios de coca�na e crack, al�m disso, mostrou-se baixo, menos de 10%.“O acesso � muito dif�cil no Brasil e a qualidade do tratamento � muito prec�ria. Ent�o, � isso que a gente tem que mudar, n�s temos que criar um sistema que realmente funcione”, disse Laranjeira.

Segundo o estudo, quase metade dos usu�rios de crack e coca�na est� concentrada no Sudeste (46%). Para Laranjeira, isso comprova que relacionar uso dessas drogas com a pobreza � ingenuidade. “A droga segue o dinheiro", disse o m�dico.

Para Laranjeira, o alto �ndice de usu�rios do Nordeste (25%) mostra que a melhora das condi��es sociais da regi�o tenha trazido como consequ�ncia o aumento do consumo de coca�na e crack. "Os pa�ses onde mais se consume droga s�o os que t�m mais dinheiro. N�o � � toa que os Estados Unidos s�o o primeiro mercado”, completou.


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