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Estado de Minas

M�dicos devem parar consultas a pacientes de planos


postado em 06/09/2012 08:21

Os m�dicos do Estado de S�o Paulo prometem interromper nesta quinta-feira as consultas de pacientes conveniados a planos de sa�de. Os profissionais protestam contra os valores pagos pelas operadoras por consultas, exames e outros procedimentos. Os atendimentos emergenciais ser�o mantidos.

A paralisa��o � organizada pela Associa��o Paulista de Medicina (APM), o Sindicato dos M�dicos de S�o Paulo (Simesp), o Conselho Regional de Medicina (Cremesp) e a Federa��o dos M�dicos do Estado (Femesp). Para dar visibilidade ao protesto, os m�dicos realizaram ontem, quarta-feira, uma passeata da sede da APM, no centro da capital, at� a C�mara, onde pediram apoio dos vereadores aos pleitos da categoria.

No Estado, 58 mil m�dicos atendem pacientes de planos de sa�de, mas n�o se sabe quantos v�o interromper o atendimento. Isso porque o que h� � uma recomenda��o das entidades para que o servi�o seja interrompido. Cabe a cada m�dico decidir pela ades�o ou n�o.

Segundo o presidente da APM, Florisval Mein�o, os baixos honor�rios s�o “inaceit�veis” porque impactam diretamente na qualidade no atendimento prestado. Segundo ele, atualmente o valor da consulta b�sica varia de R$ 25 a R$ 60. Os m�dicos exigem o valor m�nimo de R$ 80. Mein�o afirma que, antes de propor a paralisa��o, os m�dicos negociaram durante nove meses com as operadoras.

O ginecologista Lauro Mascarenhas Pinto, de 58 anos, recebe, em m�dia, R$ 50 por consulta. “Para uma retirada de n�dulo da mama, os planos repassam apenas R$ 70. O valor deveria ser de R$ 350”, diz Pinto, que trabalha em S�o Jos� dos Campos.

As entidades � frente da paralisa��o tamb�m criticam a press�o das operadoras para reduzir pedidos de interna��es e de exames mais caros. Tamb�m defendem a inclus�o de cl�usula de reajuste anual no contrato, conforme instru��o normativa da Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS). Segundo a APM, at� agora nenhuma empresa atualizou os contratos existentes.

Levantamento do Simesp mostra que, de 28 operadoras que negociaram reajustes ou est�o em processo de negocia��o desde 2011, nenhuma estipulou os R$ 80 por consulta. Trinta e cinco operadoras ainda n�o negociaram com os m�dicos.

De acordo com o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Junior, a baixa remunera��o afeta tamb�m dentistas, fisioterapeutas e enfermeiros. “O term�metro � o pronto-socorro (privado). Existe fila pra tudo”, diz.

O representante do Sindicato dos M�dicos de S�o Paulo Otelo Chino Junior afirma que os reajustes dos planos n�o s�o repassados aos profissionais. “A infla��o cobrada pelos planos n�o chega � metade do que � repassado aos m�dicos.”

Compet�ncia

Em nota, a ANS informou que vem trabalhando no “limite de sua compet�ncia legal” na rela��o entre planos de sa�de e prestadores e n�o pode fixar valores de honor�rios.

A Federa��o Nacional de Sa�de Suplementar (FenaSa�de) - entidade que re�ne 15 grupos de operadoras, com uma carteira de quase 24 milh�es de assegurados - tamb�m destaca que n�o � de sua compet�ncia a negocia��o de reajustes. “Cada operadora trata diretamente com os m�dicos”, afirma o diretor-executivo da entidade, Jos� Cechin.


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