Entre 60% e 70% dos m�dicos do Estado de S�o Paulo aderiram na quinta-feira (6) � paralisa��o de um dia convocada pela Associa��o Paulista de Medicina (APM). Consulta realizada pelo jornal O Estado de S. Paulo em 15 cl�nicas mostra que s� 5 de 51 m�dicos (quase 10%) n�o atenderam a pacientes de operadoras. A pesquisa da reportagem � informal, sem amostragem.
Entre mobiliza��es nacionais e estaduais, a paralisa��o de quinta-feira (6) foi a quarta nos �ltimos dois anos. O presidente da APM, Florisval Mein�o, admite que os protestos t�m chamado cada vez menos a aten��o da popula��o. “Com certeza, nas primeiras vezes o impacto foi maior. Mas achamos que � um instrumento que ainda n�o se esgotou”, diz. “� a oportunidade de dar visibilidade a um problema que existe e explicar o que est� se passando com o atendimento nos planos.”
Segundo Mein�o, a paralisa��o de quinta-feira (6) foi um alerta para que os planos fa�am propostas mais consistentes. A APM promete organizar em outubro uma nova paralisa��o de m�dicos, dessa vez apenas contra planos que se recusarem a negociar.
“Devemos definir uma nova greve para outubro e pode ser espec�fica contra planos cuja pr�tica tem sido mais predat�ria.”
O protesto de quinta-feira (6) atingiu apenas as consultas em cl�nicas e as cirurgias eletivas, que n�o s�o emergenciais - os profissionais que trabalham nos hospitais ficaram de fora. “� um instrumento de press�o sobre as empresas do setor para buscar solu��es. No passado, os planos diziam que cobravam caro porque pagavam um valor alto aos m�dicos, mas hoje as pessoas sabem que o m�dico � mal remunerado”, afirma Mein�o.
Remunera��o
Segundo a APM, os valores pagos por consulta pelos planos est�o entre R$ 25 e R$ 60. A classe m�dica exige pagamento m�nimo de R$ 80. Para procedimentos, os honor�rios estariam mais defasados: R$ 104 para realizar uma curetagem uterina p�s-aborto e R$ 54 para uma pun��o pleural.
A APM lan�ou recentemente um estudo mostrando altos �ndices de insatisfa��o entre os usu�rios e afirma ter recebido 420 queixas em 15 dias de funcionamento do servi�o SOS Pacientes Planos de Sa�de APM/Proteste.
As entidades que representam as operadoras, por�m, citam pesquisas que mostram que 80% dos benefici�rios est�o satisfeitos ou muito satisfeitos. As informa��es s�o do jornal O Estado de S.Paulo.