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Estado de Minas

Maioria dos idosos tem transtornos de ansiedade e depress�o


postado em 11/09/2012 15:13 / atualizado em 11/09/2012 20:04

Levantamento feito na capital paulista, a partir dos prontu�rios dos idosos atendidos pelo Ambulat�rio M�dico de Especialidades (AME) de psiquiatria, mostrou que 61,4% dos diagn�sticos feitos em agosto deste ano indicaram transtornos de ansiedade e depress�o. No m�s passado, o n�mero de diagn�sticos da faixa et�ria acima de 60 anos (960) revelou-se quase oito vezes superior ao de agosto de 2010, �poca em que a unidade foi inaugurada e que foram recebidos 124 idosos.

Dos pacientes recebidos pelo ambulat�rio, 30% apresentaram dem�ncias, mal de Alzheimer e p�s-acidente vascular cerebral. O restante dos idosos foi diagnosticado com depend�ncias, como a de �lcool.

Entre os depressivos, foram observados fatores comuns que levaram ao quadro. De acordo com F�bio Armentano, coordenador do Laborat�rio de Psicogeriatria do AME, conflitos familiares, abandonos e solid�o, que ocorrem quando h� morte de c�njuge ou quando os filhos deixam a casa dos pais, s�o os mais comuns. Mas Armentano relata tamb�m casos de pacientes que moram com os filhos e, mesmo assim, sentem-se s�s. “Eles sofrem com um distanciamento afetivo muito grande”, conta.

Outro fator levantado pelo m�dico foi a chegada da aposentadoria n�o planejada. Al�m de enfrentar dificuldades financeiras, em muitos casos, os idosos sentem-se desocupados. “A gente percebe que esse isolamento social, essa inatividade, � um fator muito importante para o desenvolvimento de quadros depressivos”, disse Armentano.

Por isso, a recomenda��o do m�dico tanto para o paciente que j� est� em tratamento quanto para aquele preocupado em se prevenir contra essa situa��o � manter-se ativo. “Mesmo parando de trabalhar, deve-se buscar atividades funcionais, ocupacionais ou volunt�rias, que fa�am com que se sinta �til, ativo”, orienta.

Essas medidas, destaca o m�dico, s�o importantes para evitar o agravamento do quadro depressivo. Pacientes em est�gio grave de depress�o podem ter tend�ncia ao suic�dio ou sofrer de inapet�ncia, ou seja, quando deixam de se alimentar.

J� os casos graves de transtornos de ansiedade se traduzem na dificuldade de o idoso fazer as suas atividades normais do dia a dia. “Os pacientes se isolam dentro de casa por medo ou por crises de ansiedade, como a s�ndrome do p�nico. Ele acaba n�o saindo de casa”, disse.

Armentano alerta para alguns sinais que podem ser apresentados pelo idoso que sofre de transtornos de ansiedade ou depress�o. O afastamento do conv�vio familiar e de outras pessoas, a redu��o do prazer em fazer as atividades, a falta de disposi��o para sair de casa ou para se levantar da cama, a diminui��o do apetite e crises de choro s�o os mais frequentes. “S�o pacientes que precisam ser levados para uma avalia��o m�dica. O m�dico geriatra � capaz de identificar se esses sintomas s�o decorrentes de um quadro depressivo ou alguma outra doen�a.”

O melhor tratamento, de acordo com o m�dico, � feito por equipe multidisciplinar, de psiquiatra, psic�logo, terapeutas ocupacionais e enfermeiros. “Quando a gente integra esse tratamento multidisciplinar com a medica��o, quando ela � necess�ria, n�s conseguimos um melhor resultado. A gente sempre tentar fazer com que o paciente volte a se integrar � sociedade”, disse.


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