Policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) mataram, no fim da tarde dessa ter�a-feira, em V�rzea Paulista (SP), oito acusados de compor um “tribunal” do crime organizado que julgava um homem acusado de estupro, que tamb�m morreu. Outros oito suspeitos foram presos pelos policiais. Segundo a Pol�cia Militar, todos os acusados morreram porque reagiram e a a��o foi classificada como leg�tima pelo comandante-geral, coronel Roberval Ferreira Fran�a. Nenhum dos 40 policiais que participaram da a��o ficou ferido.
A m�e, o irm�o, o padrasto e a v�tima de estupro - uma menina de 12 anos - foram detidos quando sa�am da ch�cara. Dentro do local foi achado o corpo do acusado de estupro - a per�cia t�cnica vai determinar de qual arma sa�ram os tiros que o mataram.
O servi�o de informa��es da PM havia recebido a informa��o de que bandidos suspeitos de liga��o com a fac��o criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) iam se reunir em uma ch�cara para o planejamento de uma a��o. Era um tribunal no qual um dos supostos integrantes da fac��o - irm�o da menina - queria que fosse julgado o suposto estuprador. De acordo com a pol�cia, a Rota cercou a ch�cara e aguardou at� o momento ideal para a abordagem.
Tr�s carros deixaram o local, cada um seguindo em uma dire��o. Os ve�culos foram seguidos por cerca de um quil�metro, at� que houve a abordagem a cada ve�culo. Segundo o Comando de Policiamento de Choque (CPChoq, do qual a Rota faz parte), dois suspeitos do primeiro carro foram mortos e outro preso. Em outro ve�culo, a a��o tamb�m acabou em tiroteio, que deixou dois mortos e dois presos. No terceiro, estava a fam�lia da menina e n�o houve resist�ncia.
Enquanto isso, homens da Rota invadiam a ch�cara na Rua Cambar�, onde teria ocorrido o terceiro confronto. Ali mais cinco acusados foram mortos - um deles, o homem que era julgado pelo grupo - e cinco detidos. "Estamos ainda levantando as informa��es sobre o caso para identificar os acusados, mas um dos chefes do grupo era conhecido como Pr�ncipe”, disse o secret�rio da Seguran�a P�blica, Antonio Ferreira Pinto. O comandante do CPChoq, coronel C�sar Morelli, foi at� a ch�cara acompanhar o caso - por ordem do secret�rio.
Com o grupo, a Rota informou que apreendeu duas espingardas de calibre 12, uma submetralhadora, sete pistolas, quatro rev�lveres, um colete � prova de balas, TNT, cordel detonante e cinco carros, um deles com explosivos que seriam desativados pelo esquadr�o antibombas. At� a noite de ontem, policiais do Grupo de A��es T�ticas Especiais (Gate) removiam o material da ch�cara.
Legitimidade
Segundo o comandante-geral da PM, coronel Roberval Fran�a, a a��o da Rota foi acertada porque era o que deveria ser feito diante de um “tribunal do crime”. “Todos os indicativos atestam uma a��o leg�tima”, afirmou.
Fran�a disse que a den�ncia foi feita diretamente � Rota por telefone, no meio da tarde de ontem. Parte dos envolvidos j� foi identificada. “Seis criminosos. E todos t�m extensa ficha criminal.” Segundo o comandante da corpora��o, n�o foi poss�vel saber at� as 23h se alguma viatura foi atingida por tiros disparados pelos acusados.