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Estado de Minas

Rotina no bairro de Chatuba ainda n�o foi retomada


postado em 12/09/2012 20:55

Um dia ap�s a ocupa��o da Pol�cia Militar no bairro da Chatuba, em Mesquita, Baixada Fluminense, a rotina dos moradores ainda n�o havia voltado � normalidade. Nove escolas permaneceram fechadas por precau��o; 3 mil alunos ficaram sem aulas. Um posto de sa�de vizinho ao destacamento da PM mostrava um cartaz alegando a raz�o do fechamento: "hoje n�o ter� atendimento por motivo de seguran�a".

Em alguns pontos do bairro quase n�o se via movimento, mas o com�rcio reabriu na maioria das ruas e a circula��o de carros de som fazendo propaganda eleitoral era constante. O Ciep Nelson Cavaquinho funcionou normalmente, mas muitos alunos n�o compareceram � aula.

Emancipado de Nova Igua�u em 1999, Mesquita � o mais novo munic�pio da Baixada Fluminense. Vivem ali 168 mil pessoas, 42 mil delas na Chatuba. Os moradores do bairro em que os seis adolescentes foram assassinados est�o acostumados ao movimento de criminosos. "Eles ficavam pela rua com arma na m�o, fazendo gracinha. Aqui sempre teve muito movimento de tr�fico", disse um morador, que n�o quis se identificar.

Ainda assim, o assassinato de oito pessoas - os seis jovens, um pastor e de um cadete da PM - em apenas um dia destoa das curvas estat�sticas. Nos primeiros sete meses do ano, a m�dia mensal da cidade foi de 5 mortes e, no acumulado do per�odo, 34 homic�dios dolosos (com inten��o de matar) e latroc�nios (roubo seguido de morte) foram registrados na delegacia de Mesquita. De janeiro a julho de 2011, foram 38 mortes.

Sem estrutura

Dos 92 munic�pios fluminenses, Mesquita tem o 13.º pior resultado no �ndice de Desenvolvimento da Educa��o B�sica (Ideb) - m�dia de 4,1, ante a m�dia estadual, de 5,1. Nas cinco escolas da Chatuba, o resultado fica abaixo da m�dia do munic�pio.

A prefeitura informa que 98% das ruas foram "drenadas, pavimentadas e saneadas no bairro". E o tratamento de esgoto alcan�a todos as casas do bairro. A coleta de lixo ocorre "de duas a tr�s vezes por semana". "� s� olhar em volta para ver a beleza desse bairro", ironiza uma comerciante. "Aqui s� se v� lixo, rato, e um monte de obra que come�a e n�o termina".

O Rio Sarapu�, que sinaliza a fronteira entre os munic�pios de Mesquita e Nil�polis, transformou-se num esgoto a c�u aberto. Nas duas margens do rio, s� se veem casas semi-demolidas. "J� pedimos para canalizar o val�o, mas ningu�m toma provid�ncias. Em �poca de chuva isso aqui fica cheio de �gua parada."

Do outro lado do rio, j� em Nil�polis, uma placa anuncia o investimento de R$ 616 mil reais na constru��o de uma escola de educa��o infantil. Embora prevista para ficar pronta no come�o do ano que vem, n�o h� sinal de qualquer obra no local.


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