A parceria assinada ontem entre o Minist�rio da Educa��o (MEC) e o Conselho Federal de Psicologia para enfrentar a viol�ncia escolar tem como uma das virtudes a decis�o de ouvir os alunos para a constru��o dessa pol�tica p�blica. O entendimento � da psic�loga Angela Soligo, professora doutora da Faculdade de Educa��o da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que pesquisa processos de exclus�o na escola.
“H� uma s�rie de conhecimentos que a academia j� produziu que n�o dialogam com as pol�ticas p�blicas. A pesquisa vai permitir ouvir alunos do pa�s inteiro. Quem faz a pol�tica precisa ouvir quem est� na outra ponta. A gente ouve pouco o aluno”, declarou a pesquisadora, ap�s participar na manh� de hoje do painel Psicologia e a Quest�o da Viol�ncia nas Escolas, da 2ª Mostra Nacional de Pr�ticas de Psicologia, que ocorre at� amanh� (22) no Anhembi, em S�o Paulo
A parceria entre minist�rio e o conselho prev� um estudo sobre viol�ncia nas escolas, elabora��o de materiais did�ticos e forma��o de professores para o combate � viol�ncia no ambiente escolar. No projeto, o MEC pretende abordar temas como enfrentamento �s drogas, gravidez precoce, homofobia, racismo, discrimina��o, bullying e bullying eletr�nico (feito por meio das redes sociais).
A professora acredita que, para mudar a realidade nas escolas, � preciso construir rela��es que n�o reproduzam a l�gica excludente e violenta da sociedade em geral. “O ambiente escolar hoje � mais um reprodutor do modelo social do que um instrumento de mudan�a. A escola tem essa obriga��o de produzir outras formas de pensar o mundo, de problematizar. A escola sozinha n�o vai resolver nada, mas tem um papel, que � a forma��o do cidad�o”, aponta.
Para a pesquisadora, as pr�ticas violentas nas escolas ganharam destaque junto com o processo de inclus�o. “Todo mundo est� na escola e a escola n�o pode mais excluir aqueles alunos que a incomodam. H� 50 anos, isso era mais f�cil. A escola tem que lidar hoje com o aluno que ela n�o deseja. � a esse estudante que a escola vai imputar as marcas da viol�ncia. E isso gera uma rea��o”, relata.
De outro lado, o presidente da Associa��o Brasileira de L�sbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, lembrou que a homofobia no cotidiano escolar traz graves consequ�ncias para o aprendizado. “Crian�as e adolescentes que sofrem preconceito t�m a sua inser��o no mercado de trabalho dificultada. Al�m disso, as pr�ticas homof�bicas desumanizam, promovem inseguran�a e o isolamento dessas pessoas”, aponta.
“H� uma s�rie de conhecimentos que a academia j� produziu que n�o dialogam com as pol�ticas p�blicas. A pesquisa vai permitir ouvir alunos do pa�s inteiro. Quem faz a pol�tica precisa ouvir quem est� na outra ponta. A gente ouve pouco o aluno”, declarou a pesquisadora, ap�s participar na manh� de hoje do painel Psicologia e a Quest�o da Viol�ncia nas Escolas, da 2ª Mostra Nacional de Pr�ticas de Psicologia, que ocorre at� amanh� (22) no Anhembi, em S�o Paulo
A parceria entre minist�rio e o conselho prev� um estudo sobre viol�ncia nas escolas, elabora��o de materiais did�ticos e forma��o de professores para o combate � viol�ncia no ambiente escolar. No projeto, o MEC pretende abordar temas como enfrentamento �s drogas, gravidez precoce, homofobia, racismo, discrimina��o, bullying e bullying eletr�nico (feito por meio das redes sociais).
A professora acredita que, para mudar a realidade nas escolas, � preciso construir rela��es que n�o reproduzam a l�gica excludente e violenta da sociedade em geral. “O ambiente escolar hoje � mais um reprodutor do modelo social do que um instrumento de mudan�a. A escola tem essa obriga��o de produzir outras formas de pensar o mundo, de problematizar. A escola sozinha n�o vai resolver nada, mas tem um papel, que � a forma��o do cidad�o”, aponta.
Para a pesquisadora, as pr�ticas violentas nas escolas ganharam destaque junto com o processo de inclus�o. “Todo mundo est� na escola e a escola n�o pode mais excluir aqueles alunos que a incomodam. H� 50 anos, isso era mais f�cil. A escola tem que lidar hoje com o aluno que ela n�o deseja. � a esse estudante que a escola vai imputar as marcas da viol�ncia. E isso gera uma rea��o”, relata.
De outro lado, o presidente da Associa��o Brasileira de L�sbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, lembrou que a homofobia no cotidiano escolar traz graves consequ�ncias para o aprendizado. “Crian�as e adolescentes que sofrem preconceito t�m a sua inser��o no mercado de trabalho dificultada. Al�m disso, as pr�ticas homof�bicas desumanizam, promovem inseguran�a e o isolamento dessas pessoas”, aponta.